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Prevenção à obesidade infantil deve incluir saúde bucal

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há mais de 40 milhões de crianças com menos de cinco anos no mundo todo que são obesas ou têm sobrepeso. No Brasil, essa tendência preocupa, já que uma em cada três crianças também está nessas condições. No Reino Unido, que nesse quesito tem índices semelhantes ao Brasil, foi lançada no ano passado uma campanha de combate à obesidade infantil que ainda gera muita polêmica.

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Apesar de alguns pontos da campanha ser interessantes, ficou evidente que ela não levava em consideração a saúde bucal das crianças. Ou seja, apesar de obrigar os fabricantes a reduzir em 20% a quantidade de açúcar, sal e gorduras saturadas dos alimentos industrializados, banir personagens de desenhos animados desse tipo de comercial de TV e aumentar o imposto sobre bebidas esportivas e refrigerantes, a campanha não atingia diretamente os hábitos alimentares dos infantojuvenis.

Imediatamente, a Oral Health Foundation (OHF) – organização sem fins lucrativos que há mais de 40 anos atua naquele país e tem ações no mundo todo – se posicionou, dizendo que isto seria um desastre absoluto, resultando numa geração inteira de crianças com sérios problemas de saúde bucal.

Apesar de a campanha ser focada na obesidade, ela ignorou a saúde bucal. Porém, é necessária toda uma mudança na alimentação das crianças. É fundamental encorajar pais e filhos a adotar hábitos alimentares mais saudáveis, reduzir consideravelmente o consumo de alimentos industrializados sem qualquer valor nutricional – principalmente aqueles com alto teor de açúcar – e melhorar seus hábitos de higiene bucal.

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Regra simples: para ter dentes saudáveis, é preciso desde cedo evitar alimentos muito doces e carboidratos, como bolachas e massas, que se transformam em açúcar na boca; depois, é fundamental cuidar bem dos dentes.

O açúcar é de fato um grande vilão dos dentes – além de contribuir fortemente para o ganho de peso e a obesidade.

Além de reduzir a ingestão de doces, balas, bolachas e bebidas açucaradas – como refrigerantes e achocolatados – o ideal é a criança aprender desde cedo a escovar os dentes logo depois de se alimentar e jamais dormir sem fazer a higienização bucal.

Outra dica importante é ingerir bastante água durante o dia. Além de aumentar a sensação de saciedade e fazer bem para a saúde, tomar água é ótimo para os dentes e contribui para a limpeza da boca, impedindo altas concentrações de bactérias que resultam na formação de cárie.

Os pais devem saber que até a criança completar três anos, eles são responsáveis por seus hábitos de escovação. Aos poucos, devem deixar a criança à vontade para adquirir iniciativa e independência – contando sempre com a supervisão dos adultos até que ela realmente dê conta de praticar esse hábito de forma adequada – o que acontece por volta dos sete ou oito anos.

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Nessa fase, a criança passa a escovar os dentes sozinha – embora ainda seja necessário que os pais confiram se ela está cumprindo com esse ritual fundamental para ter um sorriso bonito e saudável ao longo da vida.

Como a obesidade está intrinsecamente ligada ao aumento de cárie e doenças periodontais, é importante que as campanhas da saúde pública adotem medidas que possam, ao mesmo tempo, reduzir a incidência desses dois tipos de doença.

Criado em 07/03/18
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