Da Redação

Criado em 20/02/23

Foto: Divulgação/FGR Assessoria de Comunicação

Gravidez psicológica: entenda mais sobre esse transtorno

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Você sabe o que é pseudociese? Conhecido como gravidez psicológica, esse transtorno afeta uma a cada 22 mil mulheres no mundo, sendo que 1% das pacientes sentem dores do parto após nove meses de gestação, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A gravidez psicológica é classificada como um transtorno somatoforme, quando os sintomas físicos não podem ser contestados. A mulher tem certeza de que está grávida, mesmo quando os exames dizem o contrário.

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Quem pode desenvolver esse transtorno?

Mulheres que têm histórico de transtornos psicológicos ou psiquiátricos são mais propensas a desenvolverem esse distúrbio, de acordo com Danielle Admoni, psiquiatra geral, preceptora na residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Aquelas que passaram por traumas como perda do filho, aborto espontâneo, abusos sexuais e pressão para engravidar também pode ser afetadas pela pseudociese, assim como as mulheres que não conseguem ser mães ou são inférteis.

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Quais os sintomas da gravidez psicológica?

O corpo da mulher começa a reagir da mesma forma como se ela estivesse grávida de verdade. O cérebro reage aos estímulos do estado emocional, de forma ainda inexplicada pela ciência. A mulher passa a ter:

  • Ausência de menstruação;
  • Náuseas e enjoos matinais;
  • Desejos alimentares;
  • Sonolência;
  • Crescimento e dor nos seios;
  • Aumento do apetite;
  • Produção de leite nas mamas (causado pelo aumento da prolactina, fazendo com que os seios secretem leite),
  • Distensão abdominal (cerca de 60 a 90% das mulheres com pseudociese podem apresentar um aumento do volume abdominal).

A mulher sente o crescimento da barriga, os movimentos do bebê e até as contrações do parto.

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Diagnóstico e tratamento

Segundo Carlos Moraes, especialista em Infertilidade pela FEBRASGO e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre, exames como Beta HCG e ultrassonografia transvaginal ou pélvica não detectam a gravidez psicológica, apesar de indicarem a ausência do feto.

De acordo com o médico, mesmo com os resultados negativos, as mulheres não acreditam que a gestão não é real. Cabe aos familiares e pessoas próximas à mulher entenderem que a gravidez psicológica não é uma invenção. Logo, julgamentos só vão agravar o distúrbio.

O ginecologista deve indicar um tratamento psicológico para identificar a origem do transtorno e tratar a causa. Nestes casos, os médicos também podem iniciar intervenção com medicamentos para encerrar a produção de leite e regularizar a menstruação.

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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 20/02/23. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos

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