Da Redação
Criado em 24/06/20
Fotos: Reprodução / Divulgação
ATUALIZAÇÃO: A NOVA PREVISÃO DE RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS É DIA 7 DE OUTUBRO, SEGUINDO OS MESMO PROTOCOLOS ANUNCIADOS ANTERIORMENTE!
A informação mais esperada pelos pais e mães de SP acaba de ser anunciada: as aulas devem retornar no estado de São Paulo, com rodízio entre os estudantes, no próximo dia 8 de setembro, com rodízio de alunos, 35% de ocupação das salas, escalonamento e protocolos como distanciamento entre os alunos, monitoramento das condições de saúde e protocolos de higienização dos ambientes escolares.
O governo de São Paulo anunciou que as escolas poderão ser reabertas quando estado estiver na fase amarela do plano de flexibilização – ou seja, todas as regiões estejam por 28 dias na fase 3 do Plano São Paulo. “Se uma região regredir, vamos tratar aquela região, mantendo o estado aberto”, afirmou o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares.
A proposta prevê rodízio de estudantes e uma combinação de aulas presenciais com manutenção do ensino à distância. “Construímos um plano com protocolos bem definidos de distanciamento social, monitoramento de saúde dos alunos, higiene pessoal e dos ambientes escolares, para garantir essa segurança, repito, nas escolas públicas municipais, estaduais e também a recomendação para as escolas privadas em todo o estado de São Paulo”, afirmou o governador João Doria.
O plano de retomada não abordou nenhuma ação específica para crianças especiais, como autistas, síndrome de Down, portadores de TDAH e outros. Também não trouxe respostas para as mães e pais que precisarão voltar ao trabalho e não terão onde deixar as crianças. Como fazer? Para se ter ideia do tamanho do problema: de acordo com o Censo da Educação Básica 2019, 56,4% das matrículas nas creches do Brasil são de tempo integral.
Rossieli Soares reconheceu que vamos levar até 3 anos para recuperar tudo que as crianças perderam nesse período. Pelo plano do governo, as escolas deverão preparar projetos pedagógicos que promovam o acolhimento socioemocional, a recuperação e aprofundamento da aprendizagem perdida no ano por conta das dificuldades com o ensino remoto durante a pandemia e traçar estratégias para prevenção do abandono e da evasão escolar.
Ele afirmou, inclusive, que o governo estuda a possibilidade de criar um quarto ano no Ensino Médio, opcional, para suprir as deficiências que este ano de pandemia pode gerar na formação desses alunos em 2020.
E atenção: segundo o governador João Dória reafirmou hoje, o ano letivo não será cancelado. De acordo com a Medida Provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro (leia mais aqui), as horas de aula remota poderão ser contabilizadas como dias letivos para completar a carga horária anual obrigatória. No Estado de SP os alunos já superam essa carga horária e recebem de 1.000 a 1.2000 horas de aula ao ano.
O “novo normal” nas escolas
De acordo com o plano apresentado pelo governo, os estabelecimentos de ensino, públicos e privados, deverão cumprir o seguinte protocolo para evitar o contágio entre os alunos:
Para quem está pensando em tirar o filho da escola, vale lembrar que isso é crime, pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), é obrigatória a matrícula de todas as crianças brasileiras na escola a partir dos 4 anos até os 17 anos de idade.
Também vale lembrar que o “homeschooling” , ou seja, a educação escolar em casa, não é uma modalidade reconhecida e nem autorizada no Brasil.
Entenda como vai funcionar o retorno às aulas presenciais
Na primeira etapa da retomada das aulas, as atividades voltam com 35% dos estudantes. Depois 70%, até chegar à 100%. As escolas só poderão ser reabertas quando as cidades do estado estiverem na fase amarela do plano de flexibilização da economia definido pelo estado há mais de 28 dias.
A proposta de volta às aulas presenciais prevê o retorno em setembro, com rodízio de alunos e combinação de aulas presenciais e a distância. Desde abril, o governo do estado tem feito aulas remotas para os estudantes da rede estadual e parte dessas atividades continuará sendo feita com o uso de tecnologia no segundo semestre.
Contudo, o ensino remoto tem gerado muita insatisfação entre pais e alunos, tanto do setor privado quando do setor público (onde estão mais de 90% dos alunos). As aulas das escolas estaduais estão sendo transmitidas por meio do aplicativo Centro de Mídias SP (CMSP) e dos canais digitais 2.2 – TV Univesp e 2.3 – TV Educação. A Seduc-SP informou que está financiando os planos móveis de internet para que alunos e professores tenham acesso ao conteúdo.
Mas muitos pais reclamam de dificuldades para acessar o Centro de Mídias, além de que muitos alunos não tem acesso à internet, celular, TV e computador e não têm como acompanhar as aulas, o que significa que vão ficar sem estudar praticamente o ano todo. O governo não informou o que será feito no caso desse grupo de crianças.
No caso das escolas particulares, o protocolo de funcionamento está pronto desde maio e prevê uma série de medidas, entre elas, suspensão de atividades coletivas, redução do número de alunos em salas de aula e aferição de temperatura.
Além disso, as instituições farão uma avaliação do nível de aprendizado dos alunos, ampliação da jornada diária e reposição das aulas aos sábados em turnos alternativos.
As universidades devem permanecer em sistema de ensino remoto até o final do ano e não devem retornar de forma presencial esse ano. Na semana passada o vice-reitor da Universidade de São Paulo (USP), Unicamp e Unesp apresentaram seus planos de readequação das atividades acadêmicas, todos prevendo a continuidade do ensino à distância, nos cursos de graduação e pós-graduação, durante o segundo semestre do ano letivo de 2020. “É importante destacar que esse calendário poderá ser revisto no momento em que a situação epidemiológica for favorável”, afirmou Edmund Chada Baracat, pró-reitor de Graduação da USP.
Férias em julho? Aulas no Natal? Como fica o calendário escolar?
A partir deste ano, as férias do mês de julho nas escolas estaduais e municipais de SP foram quebradas em três períodos: 15 dias em julho, uma semana em abril e mais uma semana em outubro. Com a pandemia, isso mudou. Oficialmente o recesso das escolas públicas e privadas que adotaram o novo calendário escolar de SP (entenda aqui) começou em 23 de março, quando o governo antecipou o período de férias e recesso escolar para minimizar a propagação do novo coronavírus.
O ano letivo foi retomado em abril para os alunos da rede estadual de São Paulo com ensino remoto por meio dos aplicativos Centro de Mídias SP e os dias que não contaram como dia letivo foram contabilizados como antecipação das férias de 7 de abril e de 7 de outubro.
Devido a essa antecipação, o setor público terá aulas no mês de julho normalmente, inclusive de 13 a 17 de julho os alunos farão avaliações escolares. Por enquanto, conforme este calendário da Secretária de Educação de SP, o último dia letivo de 2020 será em 23 de dezembro.
No caso das escolas privadas, as que adotaram o novo calendário do setor público, as datas seguem iguais as que explicamos acima. Mas as que seguem o calendário antigo, com 30 dias de férias em julho, possuem mais flexibilidade e podem dar férias e até suspender aulas por um período, desde que cumpram as 800 horas de aula no ano e comuniquem de forma clara aos pais, à comunidade escolar e à Seduc-SP.
Confira abaixo a apresentação completa que o secretário estadual de Educação apresentou na coletiva de imprensa para nós, jornalistas (foi a 67ª coletiva do governo do estado nessa quarentena!).
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 24/06/20. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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