Da Redação

Criado em 09/06/20

Fotos: Reprodução / Divulgação

Ótima notícia! “Vacina de Oxford” contra a COVID-19 vai ser testada no Brasil, primeiro país fora do Reino Unido a participar

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Já está sabendo? O Brasil foi um dos países escolhidos para testar a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, popularmente conhecida como “Vacina de Oxford“, contra o COVID-19. O procedimento vai ser realizado em 5 mil voluntários no país, sendo 2 mil pessoas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, entre 18 a 55 anos de idade e especialmente da área da saúde.

Os voluntários ainda vão ser recrutados e os testes começam na semana do dia de 15 de junho. No dia 5 do mesmo mês a ação foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa).

Embora o estudo com a vacina já tenha dado início à sua terceira fase, ainda não é possível prever quando a imunização ficará disponível em larga escala, ou mesmo se não vai ser necessário fazer uma reaplicação da dose. Os primeiros resultados dessa fase estão previstos para setembro.

O cenário é complexo e depende não apenas dos resultados que ainda virão, como também da capacidade de acordos e da logística natural, também chamada “transferência de tecnologia“. Hoje nosso país tem duas instituições que têm condições de fazer essa transferência: o Instituto Butantã de São Paulo e a Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro..

Por que o Brasil? Isso vai nos beneficiar?

Somos o primeiro país fora do Reino Unido a fazer parte das pesquisas. Um dos motivos é que a curva epidemiológica ainda é ascendente aqui, portanto os resultados da pesquisa podem ser mais assertivos.

Graças a isso, é bem provável que haja negociações governamentais no sentido de a nossa população ser também uma das primeiras a ser vacinada em larga escala.

Mas não somos os únicos, outros países também estão com as aprovações encaminhadas: os EUA (onde serão recrutados 30 mil voluntários), além de um país na Ásia e dois na África.

Como funciona a “Vacina de Oxford”?

A vacina desenvolvida tem um mecanismo padrão: ela utiliza um vírus não replicante e não infeccioso que carrega uma parte do COVID-19 modificado (e também não infeccioso), que é uma proteína.

Trata-se, em termos técnicos, de um vetor viral recombinante, ou seja, que combina dois vírus não infectantes e modificados.

Na verdade, esse princípio já vinha sendo utilizado por diferentes farmacêuticas no mundo todo, especialmente para combater surtos virais tal como o Ebola e o Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio).

Como vão ser os testes e quem pode participar?

O estudo em torno dessa vacina já passou pela 1ª e 2ª fases (nas quais a segurança e a eficácia é testada em animais). Agora, na 3ª etapa, a ideia é obter três confirmações:

  1. comprovar sua efetividade em humanos;
  2. investigar seus efeitos colaterais;
  3. confirmar o seu tempo de imunização.

O que já se sabe é que a vacina deve impedir, no mínimo, formas mais graves da doença, como a Síndrome Respiratória Aguda.

Quando saem as respostas e qual a precisão delas?

Como de costume, metade dos voluntários deve receber a vacina e a outra parte apenas um placebo. Os resultados dos primeiros ensaios devem aparecer conforme o grupo testado for naturalmente exposto ao vírus.

Por isso, os primeiros resultados concretos só serão considerados quando os pesquisadores tiverem um número mínimo de casos entre o grupo imunizado, o que pode demorar um tempo indeterminado.

Quais são os valores financeiros implicados nessa operação?

Ainda não se sabe qual vai ser o valor de mercado praticado entre os países. Para efeito de curiosidade, um teste de tipo PCR utilizado para diagnosticar casos graves internados com a COVID-19 custa cerca de R$70.

Já um leito de UTI para tratar casos graves custa entre R$2,5 mil e R$3 mil por dia; sendo que, para implementar um novo leito com toda estrutura necessária, o custo aproximado é de R$180 mil.

Portanto, como sempre, a prevenção será muito mais em conta financeiramente do que o tratamento.

Corrida contra a doença: por que a “Vacina de Oxford”?

Em parceria com a AstraZeneca, a imunização desenvolvida pela Universidade de Oxford simplesmente saiu na frente das demais que estão ocorrendo pelo mundo todo, sendo que são mais de cem vacinas em desenvolvimento.

Vale lembrar que em 2012 parte desses estudos já tinha sido realizada para a Mers e a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), ambas causadas igualmente por coronavírus.

Seu nome científico é ChAdOx1 nCov-19. Podemos dividi-lo em três partes:

  • Ch, referência aos chimpanzés, os primeiros animais que receberem as substâncias;
  • Ad, de adenovírus, vetor viral que ataca o coronavírus;
  • Ox, homenagem à Universidade de Oxford.

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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 09/06/20. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos

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