Por Viviane Porto
Criado em 15/09/23
Divulgação: Canva
Em um mundo cada vez mais digital, é responsabilidade de todos encontrar o equilíbrio entre a tecnologia na educação e o bem-estar das crianças.
Acreditamos que uma sociedade unida, pode proporcionar uma infância feliz e preparar o mundo para um futuro melhor. Essa matéria tem como objetivo abordar vários aspectos e dar luz a pontos que possam nos façam refletir. A Unesco, por meio do Relatório de Monitoramento Global da Educação de 2030, lança luz sobre a questão: “Tecnologia na educação: uma ferramenta a serviço de quem?”
O uso da tecnologia nas escolas tem apresentado benefícios notáveis, especialmente durante a pandemia da COVID-19, quando o ensino online se tornou fundamental para manter a continuidade da educação. No entanto, os desafios persistem, com muitos estudantes ainda sem acesso à internet, excluídos dessa revolução educacional.
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De outro lado ganha destaque um debate acalorado, em torno do uso de dispositivos móveis, como celulares, nas escolas. Alguns veem o potencial transformador da tecnologia na educação, enquanto outros questionam seus reais impactos.
Uma tendência preocupante é o aumento significativo do tempo que as crianças passam em frente às telas, seja para fins educacionais ou de lazer. Isso levanta questões sobre o impacto no autocontrole e na estabilidade emocional das crianças, com estudos indicando possíveis contribuições para o aumento da ansiedade e da depressão.
Em resposta a essas preocupações, alguns países tomaram medidas para limitar o uso de dispositivos digitais nas escolas. Por exemplo, o Ministério da Educação da China estabeleceu diretrizes que restringem o uso de tais dispositivos como recursos educacionais a apenas 30% do tempo total de ensino.
Surpreendentemente, menos de um em cada quatro países possui leis que proíbem estritamente o uso de smartphones nas escolas. Enquanto alguns, como a Itália e os Estados Unidos, proibiram o uso de ferramentas ou redes sociais específicas em contextos educacionais.
O uso de dispositivos móveis também está associado ao problema do cyberbullying e abuso online. A falta de regulamentação específica nessa área é uma lacuna que precisa ser preenchida.
A falta de regulamentação também pode levar a riscos relacionados ao uso e proteção de dados, à privacidade e à interoperabilidade, isso significa que diferentes ferramentas tecnológicas podem operar de forma simultânea, trocando e interpretando dados uns com os outros, com fins comerciais. A inclusão de gestores, professores e estudantes na tomada de decisões pode ajudar a garantir escolhas mais adequadas.
Uma pesquisa recente realizada pela Mobile Time em parceria com a Opinion Box revelou que 44% das crianças brasileiras de 0 a 12 anos possuem um smartphone próprio. Essa estatística reflete uma nova geração conectada desde cedo.
A pesquisa também mostrou que, em média, as crianças brasileiras gastam cerca de 3 horas e 53 minutos por dia usando seus smartphones, levantando questões sobre seu desenvolvimento e interações sociais.
De acordo com a pesquisa, 60% dos pais entrevistados afirmaram que seus filhos possuem um smartphone para se entreter. No entanto, 48% dos pais que preferem não permitir que seus filhos usem smartphones citaram a preocupação com o desenvolvimento das crianças como principal motivo.
É fundamental encontrar um equilíbrio entre o uso de tecnologia na educação e o bem-estar das crianças. Isso requer ações de pais, educadores e legisladores, baseadas em evidências científicas e no melhor interesse das futuras gerações.
Em um mundo cada vez mais digital, é crucial proteger a saúde mental e emocional das crianças, garantindo que atividades de lazer, interação e diversão sem telas façam parte de suas vidas.
A missão de proporcionar uma infância feliz a todas as crianças é de responsabilidade de todos nós. Crianças bem assistidas se tornam adultos seguros, conhecedores de si e desbravadores do próprio destino, contribuindo para um futuro melhor.
A Unesco, conhecida por seu compromisso com a educação e o desenvolvimento, ressaltou a necessidade de uma abordagem cautelosa em relação ao uso dessas tecnologias nas salas de aula, de acordo com dados de avaliações internacionais em larga escala.
Em 14 países, a simples presença de dispositivos como smartphones em sala de aula mostrou-se capaz de distrair os alunos e impactar negativamente seu aprendizado. Em resposta a essa preocupação, quase um quarto dos países avaliados já proibiram o uso de smartphones nas escolas.
Países como Finlândia e Holanda já anunciaram a proibição do uso de celular na sala de aula, e outros, como México, Portugal, Espanha, Suíça, Estados Unidos, Letônia, Escócia e algumas províncias do Canadá, impuseram restrições semelhantes. Na Ásia e na África, várias nações têm leis rigorosas sobre o assunto.
No Brasil, ainda não existe uma lei que proíba o uso de celulares na sala de aula, mas algumas cidades e escolas implementam regras próprias, considerando o objetivo e a idade dos alunos. Como é o caso da Prefeitura do Rio de Janeiro que implementou a ação em 07 de agosto de 2023.
Segue em tramitação também vários projetos de Lei para a realização da proibição.
O São Paulo para Crianças busca diariamente divulgar e apoiar as causas infantis, incentivando as famílias para que vivenciem momentos felizes. Que criem memórias de uma vida com menos telas e mais sorrisos.
Nota: Este artigo é baseado no Relatório de Monitoramento Global da Educação de 2030 da UNESCO e na pesquisa realizada pela Mobile Time em parceria com a Opinion Box. As opiniões expressas são do autor e não necessariamente refletem os referenciados.
Fonte: Relatório de Monitoramento Global da Educação de 2030 da UNESCO
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 15/09/23. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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