Por Laércio Junior

Criado em 21/12/23

Reprodução/Pixabay

Impactos do excesso de telas na infância: estudo revela conexão com a síndrome metabólica na vida adulta

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Em uma sociedade cada vez mais conectada virtualmente, é comum que as crianças desde cedo passem parte do dia olhando telas, o que pode acarretar em consequências negativas na vida adulta.

Isso é o que mostra um estudo feito por pesquisadores da Nova Zelândia, publicado na revista científica Pediatrics. Através da pesquisa, chegou-se à conclusão de que quanto maior o uso de telas na infância, maior é a chance de desenvolver síndrome metabólica enquanto adulto.

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O que é a síndrome metabólica?

De acordo com o Ministério da Saúde, síndrome metabólica é um conjunto de fatores de risco em que o indivíduo tem maiores chances de desenvolver diabetes, derrames e doenças cardíacas.

Entre esses fatores de risco estão grande quantidade de gordura abdominal, pressão sanguínea alta, glicose elevada, aumento do colesterol ruim (LDL) e altas taxas de triglicerídeos.

Como o estudo foi feito?

Os pesquisadores estudaram quase mil pessoas nascidas em Dunedin, na Nova Zelândia, nos anos de 1972 e 1973. A base de dados foi composta pelos tempos de visualização de televisão, durante uma semana, relatados pelos pais e pelos próprios voluntários.

Ao todo, foram coletados registros de cada pessoa dos 5 aos 15 anos e, posteriormente, aos 32 e 45 anos. Os participantes tiveram que responder questões acerca de hábitos alimentares, tempo de televisão visto por dia, realização de exercícios físicos e status econômico, com predominância da etnia neozelandesa-europeia.

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Qual foi o resultado?

Através da pesquisa, concluiu-se que a síndrome metabólica foi mais comum em homens do que mulheres, com percentuais de 34% e 20%, respectivamente.

Os pesquisadores constataram que quem assistia mais de 3 horas de televisão por dia teve mais chances de desenvolver doenças. Isso se dá como consequência do sedentarismo, aliado ao excesso de ingestão de calorias, principalmente através do consumo de bebidas açucaradas e alimentos gordurosos.

Cabe ressaltar que a pesquisa foi iniciada e realizada em épocas distintas aos dias de hoje, onde a única tela que fazia parte do dia a dia das pessoas era a televisão. 

Tempo de tela recomendado

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), composta por 25 mil médicos pediatras do país, recomenda as seguintes orientações por faixa etária:

  • Crianças menores de 2 anos não podem ser expostas às telas, nem passivamente;
  • Crianças entre 2 e 5 anos devem ser limitados ao uso máximo de 1 hora por dia de tempo de telas, sempre com a supervisão dos responsáveis;
  • Crianças de 6 a 10 anos devem ter tempo de tela de, no máximo, 2 horas por dia, sempre com a supervisão dos responsáveis;
  • Adolescentes de 11 a 18 anos devem ter até 3 horas por dia de uso de telas e videogames, no máximo, sem que passar todo o período da noite imersos em jogos.

A observação destes possíveis resultados físicos já chegou aqui no Brasil. Para combater esse impacto que o uso de telas tem na vida da garotada, o Governo Federal lançou a primeira consulta pública sobre uso de telas por crianças. O intuito é, a partir das opiniões da população e do estudo dos órgãos competentes, criar uma cartilha que ajude pais, mães, responsáveis e educadores a proteger a saúde das crianças. Clique aqui e saiba como participar.

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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 21/12/23. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos

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