Arrasador! Marco nas iniciativas digitais em tempos de pandemia, o “Festival Arte como Respiro – Edição Cênicas“, promovido pelo site do Itaú Cultural, contempla nada menos que 200 obras. O primeiro bloco infantil vai até domingo, 19 de julho, com obras que variam de questões sociais, raciais e de gênero até situações individuais causadas pelo isolamento social. O segundo bloco infantil retoma o projeto nos dias 25 e 26 de julho. Ah, é tudo GRÁTIS!
Com diferentes linguagens e para públicos de todas as idades, ao longo de oito dias o projeto traz música, literatura, poesia surda, artes visuais, audiovisual, performances, quadros de dança, números circenses, cenas e espetáculos teatrais.
Atenção! Cada espetáculo permanece no ar por 24h, para ceder lugar ao próximo. Você acompanha por aqui: YouTube, Facebook e Instagram. A programação completa da maratona, que vai se estender até o fim do ano, você encontra no próprio site (aqui).
Por lá rolam versões modernas de William Shakespeare, histórias de um palhaço em uma lavanderia-ateliê, a história de Belinha, uma garota de nove anos com deficiência visual e apaixonada por Kung Fu, e até Sartre para crianças, com meditação sobre o “nada”.
A programação já está dividida em sessões infantis (aos fins de semana, às 15h) e adultas (sempre às 20h).
Programação infantil:
SEMANA 01
- 18 de julho, sábado às 15h – MultiplicArte: dois palhaços, uma pandemia e muita arte. Os palhaços Carrapicho e Andorinha, cansados de ficar sozinhos em casa, encontram a maneira de mudar a sua realidade com arte e magia. Da Cia Circo da Lua (BA), duração: 5 minutos.
- Às 15h – Shake Shake Show: espetáculo musical, com as canções criadas por Angelo Brandini e Fernando Escrich especialmente para o repertório shakespeariano da Cia. Vagalum Tum Tum. Nesta nova apresentação, quatro versões de William Shakespeare trazem resumidamente suas principais tragédias adaptadas pela companhia – O Bobo do Rei (Rei Lear), O Príncipe da Dinamarca (Hamlet), Bruxas da Escócia (Macbeth) e Henriques (Henrique V). Duração: 61 minutos.
- 19 de julho, domingo às 15h – O concerto: uma lavanderia-ateliê pode oferecer diversos desafios que, para um palhaço, passam a ser divertidas possibilidades. Elementos pendurados no varal, um curto espaço e, claro, o isolamento social. A pesquisa explora um humor sem restrições de idade ou idioma, tendo o teatro físico, a musicalidade e o jogo com elementos de cena como principais fios condutores. Do Circo de Québra (SP), duração: 7 minutos.
- Às 15h – A menina Kung Fu: história de Belinha, uma garota de nove anos com deficiência visual e apaixonada por Kung Fu. Ela se mudou com seus pais para outro bairro e acabou tendo de se matricular em uma nova academia de artes marciais, onde apenas meninos estavam inscritos. Assim, todos os personagens são obrigados a lidar com essa nova situação e acabam tendo de discutir, na prática, sobre conceitos como inclusão, discriminação, empoderamento feminino, bullying e a busca por direitos igualitários. Duração: 47 minutos.
SEMANA 02
- 25 de julho, sábado às 15h – Batata quente: série de cinco vídeos criados e gravados durante a pandemia, com cenas adaptadas e inspiradas em seus espetáculos de repertório. As cenas permeiam o universo circense e da brincadeira, onde o espaço da casa se transforma em um palco. No primeiro espetáculo, Batata Quente, a pergunta é “como cozinhar batatas?” Aqui, o público vê como Nina faz uma receita deliciosa. Essa é uma cena do espetáculo Chá Comigo, adaptada para versão em vídeo. Da Caravana Tapioca (SP), duração: 1 minuto.
- Às 15h – Guia improvável para corpos mutantes: grupo de bailarinos coloca em dúvida o corpo, suas partes e sua funcionalidade, em cenas que buscam redescobrir as possibilidades desse corpo modificar-se por si só, bem como com o uso de artifícios simples ou recursos tecnológicos. Desta maneira, eles criam um universo imaginário e lúdico para o corpo que dança. Ao aproximar-se da lógica infantil de se permitir ver, pensar e usar o corpo de múltiplas formas, o roteiro traz primeiro o reconhecimento do corpo singular para, a partir dessa fisicalidade, abrir-se à descoberta de novas maneiras de coreografá-lo. De Airton Tomazzoni (RS), duração: 45 minutos.
- 26 de julho, domingo às 15h – Transmutação do Vazio: reflexão sobre o vazio, que nasce quando a esperança morre. Aqui, para a esperança não morrer os personagens fazem as pazes com o nada, afinal somente a consciência do nada permite transcender e reavaliar a própria vida e comportamentos. Aqui, o vazio se preenche e se faz necessário. Como diz Sartre: “cabe ao homem construir-se a si mesmo”. Oportunidade de se conectar, dar ouvidos ao vazio de cada um. De Cia. Pavio de Abajur (SP), duração: 8 minutos.
- Às 15h – O Mistério do Sapato Desaparecido: o sapato de Cinderela sumiu! Para investigar o seu paradeiro, um sapato-detetive, à la Sherlock Holmes, entra em ação e vai parar em uma sapataria, onde os sapatos têm vida. Lá encontra famosos sapatos das histórias infantis. Todos são suspeitos! Além da referência ao sapatinho de Cinderela, outros sapatos famosos da literatura infantil transformaram-se em personagens no espetáculo: a Bota Sete Léguas (Pequeno Polegar), de Charles Perrault) e os Sapatinhos Vermelhos, de Hans Christian Andersen. De Teatro Por Um Triz (SP), duração: 50 minutos.
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