Por Daya Lima
Criado em 28/01/22
Fotos: Reprodução / Divulgação
Mesmo com as férias escolares e várias opções de lazer dentro e fora de casa, muitas crianças ainda estão aprendendo a lidar com as consequências da pandemia de coronavírus nas vidas delas. Foram muitos meses em casa, sem ver os amigos, ir à escola e ter contato com os professores, e todos esses fatores podem ajudar a aumentar os níveis de ansiedade e depressão, mesmo nos pequenos.
Para muitas crianças e adolescentes as férias escolares representam, então, o retorno desse momento de isolamento social. Esse interrompimento nas atividades sociais presenciais e remotas é uma boa oportunidade para pais e responsáveis prestarem atenção na saúde mental dos pequenos.
Segundo estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) com 9 mil participantes, 9% das crianças apresentaram níveis clínicos de ansiedade e 12% de depressão. Ao contrário do que muita gente pensa, então, saúde mental não é um problema restrito à vida adulta. Por isso, é bom para pais, mães e responsáveis ficarem atentos a mudanças bruscas de comportamento, sobretudo durante as férias escolares, uma vez que a mudança na rotina ajuda a iluminar possíveis transtornos, informa a especialista em Clínica Psicanalítica Infantil na Holiste Psiquiatria, a psicóloga Alice Munguba.
Atenção aos comportamentos
Alice alerta que alguns comportamentos merecem atenção dos pais e responsáveis: tiques nervosos, morder de dedos, arrancar de cabelos, mudança brusca no apetite, choro constante ou dificuldade para dormir.
“Quando os sintomas estiverem dificultando a rotina da criança é hora de pedir ajuda. Primeiro, a família pode tentar adaptar algo na dinâmica para ver como a criança/adolescente responde a isso. Se mesmo a intervenção familiar for insuficiente é o momento de buscar um profissional”, explica ela.
Em casos de ansiedade ou fobia social, algumas crianças e adolescentes ficam mais sintomáticos diante da cobrança escolar e enxergam as férias como um alívio, principalmente em tempos de aula online, onde tem sido difícil a adesão de atenção das crianças para essa modalidade.
Mas cada caso é um caso, que precisa ser acompanhado de perto pelos responsáveis.
“Existem também aquelas que por timidez ou outros fatores preferem estar mais isoladas socialmente e emergem ainda mais nas vivências virtuais. Muitas vezes esse contexto virtual já torna muitas crianças “satisfeitas” e elas querem ainda mais tempo para fazer uso desse recurso. Esse é também um fator que demanda atenção. Já as crianças que fazem mais uso da interação social fora das telas ficam, de fato, às vezes entediadas quando se veem sem muito o que fazer”, finaliza a psicóloga.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 28/01/22. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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