Por Daya Lima
Criado em 06/08/21
Fotos: Reprodução / Divulgação
Uma análise realizada sobre os casos de Covid-19 na Inglaterra apontou que o risco de crianças serem infectadas de forma grave ou morrerem em decorrência do vírus é extremamente baixo. De acordo com dados dos primeiros 12 meses de pandemia no país, 25 menores de idade morreram por causa da doença em uma população de cerca de 12 milhões de crianças, o que indica uma taxa de mortalidade geral de dois casos a cada um milhão.
Para os pesquisadores da University College London e das Universidades de York, Bristol e Liverpool, seus estudos sobre crianças são os mais abrangentes já feitos até o momento em todo o mundo.
Os dados também mostram que dos 25 menores de 18 anos que foram vítimas da doença, cerca de 15 deles tinham problemas de saúde pré-existentes e 13 eram portadores de neuro deficiências complexas.
Outras seis vítimas não tinham registrado doenças pré-existentes nos últimos cinco anos, mas os pesquisadores alertam que algumas doenças podem ter passado despercebidas. E 36 crianças testaram positivo para a Covid no momento da morte, mas morreram de outras causas.
As análises foram feitas utilizando dados de saúde pública da Inglaterra e também apontaram que as crianças que morreram tinham mais de 10 anos e eram de etnias negra e asiática.
Os índices de hospitalização das crianças também foram analisados. Até fevereiro de 2021, cerca de 5,8 mil crianças deram entrada na emergência hospitalar com o vírus, 250 precisaram de tratamento intensivo e 690 foram internadas por uma condição inflamatória rara ligada à covid, a síndrome multissistêmica inflamatória pediátrica (PIMS-TS).
Taxa de mortalidade infantil no Brasil
Diferente dos dados apresentados na Inglaterra, a mortalidade infantil causada pela Covid-19 no Brasil possui números altos. De acordo com projeções divulgadas pela BBC News Brasil em abril de 2021, mais de 2 mil crianças menores de nove anos já morreram no país por causa do vírus, sendo que 1,3 mil tinham até um ano de idade.
Segundo especialistas, isso se deve a uma combinação de baixa testagem, falta de diagnósticos adequados e más condições socioeconômicas.
Na última terça-feira (27), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou o início da vacinação para adolescentes de 12 a 17 anos em todo o país. Para começar a vacinação destes jovens, os estados deverão concluir primeiro a imunização de todos os adultos com pelo menos a primeira dose. Até o momento, apenas a vacina da Pfizer tem autorização para ser aplicada em adolescentes.
No dia 30 de julho, o Butantan entrou com um pedido de autorização à Anvisa para aplicar a Coronavac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Desde o dia 4 de junho a vacina já vem sendo utilizada nessa faixa etária na China, no entanto, os pesquisadores ponderam a necessidade de estudos maiores em outras regiões e envolvendo populações multiétnicas.
A data prevista para o início da imunização dos adolescentes na cidade de São Paulo é em 18 de agosto.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 06/08/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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