A partir dia 6 de julho os bares e restaurantes do Estado de São Paulo estão autorizados a reabrirem, enquanto o setor cultural deve reabrir a partir do dia 27 de julho, previsão anunciada pelo governador do Estado de São Paulo, João Doria, em coletiva nesta sexta-feira (3). O setor cultural, de lazer, entretenimento e turismo foi provavelmente o primeiro a ser afetado pela pandemia e provavelmente será um dos últimos a se recuperar da crise. Salas de cinema e teatro, por exemplo, estão fechadas há mais de três meses, consequentemente sem faturamento e com dificuldade de manter o negócio e os funcionários.
“Recentemente eu disse aqui que a pandemia coloca todos nós na mesma tempestade, ainda que não no mesmo barco. Hoje temos a esperança de deixar para trás o mar revolto e estamos avançado em direção a uma retomada responsável”, afirmou Doria, hoje durante a abertura da coletiva de imprensa.
Vale lembrar que de acordo com o Plano São Paulo, estratégia criada pelo governo estadual para a reabertura e retomada da economia em SP, cinemas, teatros, salas de espetáculo, museus, galerias, bibliotecas, acervos e centros culturais só poderiam reabrir nas cidades que alcançassem a última fase da retomada, definida pelo critério de taxas de ocupação de UTI – que teriam que estar abaixo de 60%.
Contudo, com as previsões anunciadas aos jornalistas hoje, o setor cultural muda de fase no plano de reabertura, as regras foram flexibilizadas e os espaços e eventos com público sentado poderão abrir na fase amarela, na qual a cidade de São Paulo e a região do ABC já se encontram.
Diferentemente da capital e parte da Grande São Paulo, o interior enfrenta quadro mais severo da pandemia onde grande parte das cidades está na fase vermelha do Plano, isso quer dizer a região deve passar pelo maior nível de restrição em quarentena, com apenas serviços essenciais funcionando. A região de Campinas, por exemplo, entrará na fase de alerta antes da próxima sexta-feira, 10, por apresentar aumento em índices de contágio por Covid-19.
É importante destacar que a cidade precisa permanecer por 28 dias consecutivos na fase amarela para que a liberação do setor seja realizada. “No caso da capital paulista, isso ocorreria, pelas projeções, em 27 de julho“, anunciou a secretária de Desenvolvimento Econômico do estado, Patricia Ellen.
Ela reforçou que bares, restaurantes e o setor cultural deverão seguir protocolos de segurança e higiene e que nenhuma dessas aberturas aplica-se a pessoas do grupo de risco, como os idosos e portadores de doenças crônicas.
Para se ter ideia, o setor da cultura e das indústrias criativas nacionais registra perdas de R$ 46,5 bilhões e um encolhimento de 24%, segundo uma pesquisa da FGV Projetos. Uma outra pesquisa, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (Cedeplar), estima que uma paralisação de três meses na prestação de serviços artísticos e culturais realizados fora do domicílio resultaria numa queda de R$ 11,1 bilhões na economia brasileira – considerando que cada R$ 1 a menos investido no setor reverbera em R$ 1,6 a menos na economia – e numa queda de 21,2% no valor bruto anual da produção do próprio setor.
Por isso, a aprovação da lei de emergência cultural Aldir Blanc, aprovada no último dia 29 de junho, é esperada como um alívio para que o setor possa diminuir os prejuízos e perdas durante a pandemia.
Protocolos de reabertura
Com base nas análises do governo estadual, a previsão que parte dos serviços que incluem aglomerações voltem a funcionar — ainda que com restrições de ocupação e circulação — está estabelecida para o feriado de 12 de outubro. Veja a seguir algumas regras que o setor de gastronomia, cultura, lazer e entretenimento deverão seguir para a reabertura comercial no Estado de SP:
Cinemas, teatros, salas de espetáculo, museus, galerias, bibliotecas, acervos e centros culturais:
Eventos culturais com público em pé
Protocolo para restaurantes, bares e similares