Tania Paris
Criado em 16/10/17
Quem usa internet conhece bem as vantagens de uma banda larga. Ela permite o uso simultâneo do recurso de comunicação por múltiplos usuários. Podemos, inclusive, acionar a execução de mais de uma transação através de um mesmo computador. A banda larga é recurso para economizar nosso tempo.
Nosso tempo é um recurso precioso, não estocável, não recuperável. Seja por esse motivo ou outro, estamos aprendendo a funcionar como uma banda larga – atuamos em várias tarefas ao mesmo tempo. Quem é que dirige e durante o tempo do trajeto só dirige? As mães não “assoviam e chupam cana” só porque a boca não é banda larga. Mas arrumar a mochila das crianças enquanto cobram que elas estejam prontas e dá instruções para o marido e confere a mensagem que chegou no Whatsapp, tudo ao mesmo tempo, lá isso quase todas conseguem.
Aí, depois de todo o treinamento que temos para economizar tempo, chega o momento em que uma das crianças volta da escola triste. Nossa tendência é continuar atuando em “banda larga” e tentar “resolver” essa tristeza rapidamente – rapidamente porque existem muitas outras tarefas e problemas para dar conta.
Tristeza, frustração, decepção, medo… dos filhos não se “resolve”. Crianças que estão experimentando sentimentos difíceis precisam de acolhimento para reconhecerem e lidarem com o sentimento, para se desenvolverem emocionalmente. Uma mãe em “banda larga”, preocupada com outras coisas e com o sempre ligado celular, não é adequada.
Momentos como esse são excelentes oportunidades, se for possível virar uma chavinha e mudar para “banda estreita” = processamento de um só usuário. Desligar tudo, a cabeça principalmente, e estar totalmente voltada a facilitar que a criança se expresse e encontre, por ela mesma, seu caminho. A banda larga nos impulsionaria a dar-lhe soluções; a banda estreita permite a sabedoria de dar a ela o tempo de que precisa para desenvolver autopercepção e autonomia. A banda larga nos induziria a subestimar os sentimentos; a banda estreita nos proporciona condições de aproximação, diálogo, participação emocional na vida da criança.
Aos assuntos intelectuais, que tenhamos a banda mais larga possível; aos emocionais, que seja estreita a um único usuário – aquele a quem tanto amamos.
Sobre Tania Paris:
Presidente da Associação pela Saúde Emocional de Crianças, entidade sem fins econômicos que capacita educadores para que desenvolvam habilidades emocionais e sociais de seus alunos, e transformem suas salas de aula em espaços emocionalmente saudáveis. www.asecbrasil.org.br. A Tânia Paris é mãe da Tabata e da Natasha e avó do Victor, Mariana, Arthur e Larissa.
Sobre Tania Paris:
Presidente da Associação pela Saúde Emocional de Crianças, entidade sem fins econômicos que capacita educadores para que desenvolvam habilidades emocionais e sociais de seus alunos, e transformem suas salas de aula em espaços emocionalmente saudáveis. www.asecbrasil.org.br. A Tânia Paris é mãe da Tabata e da Natasha e avó do Victor, Mariana, Arthur e Larissa.
Cadastre-se para ficar por dentro das novidades!
Cadastre-se para ficar por dentro das novidades!
Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 16/10/17. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
® São Paulo para Crianças e Meu Passeio são marcas registradas. Todos os direitos reservados. - desenvolvido por Ideia74