Plano de vacinação contra a covid-19 em crianças e os problemas das fakes news

Depois que o governo federal anunciou que crianças de 5 a 11 anos foram incluídas no Plano Nacional de Imunização da vacina contra a Covid-19, mãe e pais ficaram aliviados. No entanto, ainda existe algumas (e preocupação) com tanta informação. Vamos lá ás explicações!

O governador de São Paulo João Doria informou, no último dia 6, que todas as 4,5 milhões de crianças dentro desta faixa etária receberão ao menos uma dose da Cominarty (Pfizer/Biontech), em três semanas – o único aprovado até o momento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) –  a partir do recebimento de doses do Ministério da Saúde. (ainda não há datas definidas). Já é possível fazer o pré-cadastro para agilizar o atendimento no dia da vacinação CLICANDO AQUI!

Alguns estados como Paraná, Teresina e Rio Grande do Sul também já começaram o planejamento para vacinar as crianças.

Prioridade

Como aconteceu com a vacinação dos adultos e dos adolescentes, existe uma prioridade, definida pelo Ministério da Saúde (MS) de proteger inicialmente 850 mil integrantes do público infantil com comorbidades, deficiências, que sejam indígenas e/ou quilombolas. Na sequência, o ministério vai liberar a vacinação de crianças que vivem em lar com pessoas com alto risco para evolução grave de Covid-19.

Posteriormente, terá início a imunização do público infantil sem qualquer tipo de comorbidade. Nesse grupo, a vacinação será realizada por faixa etária decrescente, na seguinte ordem: crianças entre 10 e 11 anos, crianças entre 8 e 9 anos, crianças entre 6 e 7 anos e, por último, crianças com 5 anos.

Onde a vacina será aplicada

Além das 5,2 mil unidades de saúde e postos de aplicação de vacinas contra a Covid-19 que já existem no estado, a gestão de João Doria também credenciou 268 escolas estaduais para a vacinação infantil.

As escolas estão distribuídas nos municípios de Caieiras, Campinas, Cajamar, Ibaté, Jundiaí, Louveira, Mairiporã, Nova Odessa e São Carlos.

Estado de São Paulo

A vacinação também poderá ser feita em qualquer uma das 469 Unidades Básicas de Saúde (UBSs); megapostos com acesso a pedestres, postos que funcionam exclusivamente em sistema drive-thru e a rede de farmácias parceiras.

A vacina também vai estar disponível em 82 AMAs/UBSs Integradas, unidades do Serviço de Atenção Especializada (SAE) e nos Centros de Saúde

A vacinação será registrada na carteirinha infantil. Com o topo amarelo e a hashtag #Vacinajá em letras coloridas, o documento é similar ao que é usado no estado para a imunização de adultos e adolescentes.

Dose

A vacinação em crianças será administrada em duas doses de 10 microgramas com oito semanas de intervalo entre cada uma. Trata-se de um terço da dose administrada a adolescentes e a adultos. De acordo com a Pfizer, o nível de dose foi cuidadosamente selecionado com base em dados de segurança, tolerabilidade e imunogenicidade.

Leia mais: Vacina contra a covid-19 em crianças. Veja o que se sabe sobre o assunto

Versão pediátrica

A dose destinada para as crianças tem um visual diferente para que facilite o trabalho dos profissionais de saúde. A  cor do frasco de doses aplicadas em pessoas maiores de 12 anos é roxa, no caso das crianças, é da cor laranja.

Além do visual outras diferenças estão dentro do frasco. As crianças receberão um terço do imunizante dos adultos (10 microgramas contra 30 microgramas). Além disso, antes de ser administrada precisa ser misturado a um líquido que se chama diluente. Na versão adulta é usado 1,8 ml; já na versão pediátrica, 1,3 ml.

É por esse motivo que as ampolas da versão pediátrica rendem mais, 10 doses, quatro a mais daquelas usadas em adultos, de 4 doses.

CPF para não perder a campanha

A remessa com 1,248 milhão de doses da vacina da Pfizer já chegou ao Brasil. De forma que os pais já podem fazer o cadastro de seus filhos para agilizar a vacinação, como na vez dos adultos e dos adolescentes. O site é o do governo do estado de São Paulo e um dos campos que precisam ser preenchidos é o do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da criança.

Caso seu filho ainda não possua este documento (obrigatório em todo o País), é preciso providenciar a inscrição o quanto antes, para que ele não fique de fora da campanha. A solicitação do CPF para menores de idade pode ser feita duas maneiras: on line ou presencial, desde que a pessoa já possua título de eleitor. Pela internet, é fácil. Basta seguir os passos do site da Receita Federal.

Já presencialmente, os pais devem se dirigir nas agências do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal ou dos Correios. Através das agências bancárias ou dos Correios, o serviço possui um custo de R$ 7,50.

Fake news

A disseminação de fake news através de informações equivocadas e vídeos que distorcem o assunto nas redes socias e whatsApp preocupa a classe médica, principalmente a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), pois atrapalha a comunicação da campanha de vacinação.

Os principais temas que tem circulado na internet em relação à vacina são:

1. A vacina irá modificar o DNA dos seres humanos.
2. A vacina contém na sua composição células de fetos abortados.
3. As vacinas são parte de uma conspiração de Bill Gates para implantar microchips em seres humanos.
4. Voluntários dos testes já morreram por terem se submetido ao uso das vacinas.
5. O efeito colateral não vem agora, vem a longo prazo.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a desinformação sobre as vacinas é uma grande ameaça à saúde global e pediu, ainda, ajuda do Facebook, Google e Twitter nesse combate.

Fonte: SBP

Fontes: Bebê.com.br / Gov.br / Anvisa / G1