Da Redação

Criado em 30/06/20

Fotos: Reprodução / Divulgação

76% dos brasileiros acreditam que as escolas devem continuar fechadas nos meses de julho e agosto, aponta Datafolha

Compartilhe

Não concorda com a retomada das aulas presenciais? Você não está sozinho, segundo uma pesquisa realizada pelo Datafolha, para 76% dos brasileiros as escolas devem permanecer fechadas nos próximos dois meses por causa da pandemia. Em todas as faixas etárias e de renda e em todas as regiões do país, a maioria da população defende que as aulas presenciais não sejam retomadas.

Leia mais: VOLTA ÀS AULAS: previsão de retorno das aulas presenciais no Estado de SP é 8 de setembro, com rodízio, protocolo e de forma escalonada; ensino médio poderá ter quarto ano

O resultado da pesquisa mostra que, apesar de a maioria da população, 52%, concordar com a reabertura do comércio, uma proporção bem menor, 21%, defende a reabertura das escolas.

Não há diferença significativa entre a faixa de renda familiar. Entre as pessoas que tem renda familiar de até 2 salários mínimos, 77% defendem a continuidade do fechamento das escolas. Entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, são 73%.

O tipo do município também não altera a percepção. Entre os que moram em cidades de regiões metropolitanas, 21% acham que as aulas deveriam ser retomadas. Nos municípios do interior são 22%.

Há diferença maior de opinião entre os sexos. Enquanto 81% das mulheres defendem a continuidade do fechamento, 71% dos homens respondem da mesma forma.

Entre os diferentes tipos de ocupação profissional também não há grande diferença de opinião. Com exceção do grupo de empresários, em que 31% defende a reabertura das escolas.

Outro grupo com maior proporção de pessoas que defendem a reabertura das escolas é dos que dizem estar vivendo normalmente durante a pandemia, 36% acham que as aulas presenciais devem voltar. Entre os que dizem só sair de casa quando é inevitável, a taxa é de 19%.

A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O Datafolha ouviu 2.016 pessoas de todo o país na terça-feira, 23 de junho, e na quarta-feira, 24 de junho, por telefone, modelo que evita o contato pessoal entre pesquisadores e entrevistados e exige questionários mais rápidos.

Para o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, a população está muito consciente. Ainda que crianças e adolescentes não estejam no grupo de risco, existe o receio de colocá-los em uma situação de exposição. As pessoas também consideram que retirar os alunos de casa significa expor muita gente.

Para o infectologista Celso Granato, professor da Unifesp e diretor clínico do grupo Fleury, a retomada das aulas presenciais vai exigir um protocolo sanitário rigoroso e um grande trabalho de orientação.

Maria Helena Guimarães de Castro, membro do Conselho Nacional de Educação, diz que a infraestrutura e as condições das escolas públicas não ajudam a transmitir segurança às famílias. “Enquanto em países como a Alemanha vemos a testagem de crianças na porta dos colégios, aqui nos questionamos se haverá água e sabão para os alunos lavarem as mãos”.

Além do receio de contágio das crianças, Maria Helena destaca também que as famílias temem o impacto emocional das restrições impostas pelo coronavírus. “Eles estavam acostumados a se abraçar, dividir materiais, ter liberdade para brincar. Tudo vai ser muito mais restritivo e é preciso pensar no impacto social e emocional disso.”

 

Por Folhapress

 

Leia mais: Planos de saúde são obrigados a cobrir testes de Covid-19 por determinação da ANS

Cadastre-se para ficar por dentro das novidades!

Cadastre-se para ficar por dentro das novidades!

Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 30/06/20. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos

Nossos canais:

Quer falar diretamente com seu público-alvo?

Logo Meu Passeio

® São Paulo para Crianças e Meu Passeio são marcas registradas. Todos os direitos reservados. - desenvolvido por Ideia74