Por Daya Lima
Criado em 06/04/22
Divulgação/ Pexels
Uma nova modinha entre os jovens e adolescentes vem preocupando os pais e especialistas da saúde: os cigarros eletrônicos. Chamados também de “vapes” ou de “pods”, esses aparelhos não têm a venda regulamentada no Brasil, ou seja, são proibidos, e os efeitos que eles podem ter na nossa saúde já são conhecidos, e vão de infarto e síndrome coronariana.
Diante disso e pensando em te orientar, vamos tirar algumas dúvidas sobre essa nova febre aqui no post e ajudar você, responsável, a ficar alerta se os seus filhos estão dentro dessa nova modinha.
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Os cigarros eletrônicos, vapes e pods já estão na quarta geração aqui no Brasil, mas o seu uso vem se intensificando nos últimos anos, principalmente em ambientes como festas, bares e restaurantes.
Primeiramente, esses elementos se popularizaram nos Estados Unidos porque começaram a ser fabricados em formatos pequenos, semelhantes a pen drives, coloridos, atrativos, com sabores e aromas de fruta, bala etc., a fim de chamar a atenção do público jovem e que não se sente atraído pelo cheiro de cigarro.
Os dispositivos possuem tecnologia simples: uma bateria permite esquentar o líquido que, em geral, é uma mistura de água, aromatizante alimentar, nicotina, propilenoglicol e glicerina vegetal.
Cigarros eletrônicos, vaps e pods, mesmo com a venda proibida no Brasil, podem ser facilmente comprados. Tabacarias vendem esses aparelhos regularmente, e eles também podem ser comprados de ambulantes em filas de baladas, festas universitárias e bares.
Além disso, perfis on-line (principalmente no Instagram) fazem a venda sob demanda desses produtos. Os pods, que são os mais procurados pelos adolescentes, custam a partir de R$ 50,00, sendo as versões mais baratas descartáveis e não recarregáveis.
Ao contrário do que muitos jovens pensam, provavelmente por conta do cheiro e sabor agradáveis e roupagem moderna, os cigarros eletrônicos também são danosos a saúde. Isso porque, gera partículas ultrafinas que conseguem ultrapassar a barreira dos alvéolos pulmonares e ganhar a corrente sanguínea, fazendo o corpo reagir com uma inflamação.
Dessa maneira, os cigarros eletrônicos expõem o organismo a uma variedade de elementos químicos gerados de formas diferentes: pelo próprio dispositivo (nanopartículas de metal) ou com relação direta com o processo de aquecimento ou vaporização, já que alguns produtos contidos no vapor de cigarros eletrônicos incluem carcinógenos conhecidos e substâncias citotóxicas, potencialmente causadoras de doenças pulmonares e cardiovasculares.
Entre os problemas mais comuns está a síndrome coronariana, um conjunto de sinais e sintomas relacionados à obstrução de uma artéria coronária que pode ser causada por um infarto ou por uma angina instável. É sempre uma emergência médica.
Além de tudo isso, o cigarro eletrônico pode causar outras doenças respiratórias, como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer. Inclusive, um estudo preliminar feito pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, mostrou que adolescentes do sexo masculino que fazem uso de cigarros eletrônico sofrem o efeito do dispositivo no coração durante um longo período, podendo levar a problemas cardíacos.
A diferença entre o dispositivo e um cigarro comum é que, ao invés de queimar, a nicotina é vaporizada. Isso porque, dosagem de nicotina e seu alto poder viciante, varia de acordo com o fabricante.
O INCA (Instituto Nacional de Câncer), afirma que esses dispositivos não são seguros e possuem outras substâncias tóxicas além da nicotina. Diferentemente do cigarro convencional, que demora às vezes 20 ou 30 anos para manifestar doenças no usuário, o cigarro eletrônico, que prometia segurança, foi capaz de mostrar seus problemas rapidamente.
Como os cigarros eletrônicos, vapes e pods não eliminam fumaça, mas vapor, é difícil saber se seu filho adolescente ou jovem fuma ou não, pois não fica cheiro de fumaça nas roupas, os dedos e dentes não ficam amarelados ou nenhum outro resquício associado ao tabagismo normal.
O mais recomendado por especialistas é ter uma conversa franca com o seu filho sobre o assunto, mostrar quais dados existem, pesquisas e matérias que podem ajudá-lo a compreender sobre o risco real de se fumar esses cigarros eletrônicos. Os pais precisam perguntar aos filhos se eles fazem uso desses aparelhos e explicar que, além de serem proibidos no Brasil, não fazem bem à saúde, podem gerar dependência, e possuem um alto gasto econômico.
Para os pais terem algum controle, existem alguns influenciadores e páginas famosas que vendem/ fazem propaganda dos cigarros eletrônicos. Vamos listar alguns dos mais famosos aqui para vocês ficarem alertas em casa!
Eles são: Vapor Aqui, VapersBrazil, Zona do Vapor, Vapor e Ciência, Mariano Vaper, Vaporacast, O Poderoso Vapor, SmokeVapor e VapeON. #ficaadica!
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 06/04/22. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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