Márcia Bonetti
Criado em 28/10/21
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a perda auditiva não escolhe idade. Além dos idosos e adultos de meia idade, crianças também podem apresentar o problema. No caso dos pequenos o caso ainda é mais preocupante, pois pode afetar o desenvolvimento da fala, a interação com o outro e até mesmo o desempenho escolar, se não houver o tratamento correto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 34 milhões de crianças em todo o mundo possuem deficiência auditiva em algum grau. No Brasil, segundo dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 31 mil crianças de dois a nove anos de idade manifestam alguma dificuldade para ouvir.
A perda auditiva pode acontecer tanto no nascimento, quanto logo em seguida. Ela pode ser causada por fatores genéticos ou hereditários, quando existem casos semelhantes na família. Além disso, pode se dar por infecções no ouvido, como otites ou algum tipo de doença gestacional.
A perda auditiva quando é irreversível é caracterizada como uma perda neurossensorial (ou surdez sensorioneural). Nesses casos, a alteração é localizada no ouvido interno e os sinais são impedidos de serem enviados ao cérebro por uma falha nos condutores nervosos. Dessa maneira a pessoa tem uma redução da eficiência da transmissão dos sons, resultando em uma deficiência para escutar.
O diagnóstico precoce da perda auditiva facilita o tratamento e ajuda na sua estabilização. O teste da orelhinha é um dos meios de verificar se a audição do bebê está em boas condições. Ele deve ser feito ainda na maternidade e indica pequenas alterações auditivas ou surdez para, caso seja necessário, encaminhar a criança para o tratamento mais adequado.
Oferecido também pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o teste é indolor e deve ser realizado obrigatoriamente logo após o nascimento. Se diagnosticada nesse momento a deficiência auditiva, o tratamento já pode ser iniciado por meio do implante coclear (popularmente chamado de ‘ouvido biônico’) ou pelo uso de aparelhos auditivos.
Já outros casos são de fácil reversão, como quando há o acúmulo de secreção, resultando em otite. Quando isso acontece é recomendado fazer uma drenagem do fluido por meio de tubos de ventilação inseridos através da membrana timpânica.
Nem sempre é fácil identificar dificuldades ou problemas de saúde em crianças. Por isso, é preciso que os pais fiquem atentos a alguns sinais, como ouvir a televisão com o volume muito alto e não responder prontamente quando chamado.
A dificuldades no ensino também é um dos sinais de alerta, até porque faz parte do processo de aprendizado o ato de ouvir. É por meio da assimilação e repetição dos sons que os pequenos conseguem entender e poder expressar, então, se não há escuta, não é possível aprender a falar.
A deficiência auditiva ainda pode ocasionar dificuldade de convívio e isolamento social. Assim, a recomendação é procurar imediatamente um especialista caso algum dos sintomas seja identificado.
Sobre Márcia Bonetti:
Fonoaudióloga da Audiba Aparelhos Auditivos.
Instagram: https://www.instagram.com/mamanonetti
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 28/10/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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