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Foto: Reprodução/Instagram - Museu Pelé

Saudações ao Rei! Museu Pelé, em Santos, expõe itens pessoais do maior jogador de todos os tempos

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Por Raffaela Schmitz

Criado em 16/02/23

No ano passado, o Rei do Futebol, infelizmente, nos deixou. Mas você conhece a trajetória do maior jogador de futebol de todos os tempos? A história de Edson Arantes do Nascimento está representada não só em filmes e documentários, como também em artefatos pessoais que podem ser vistos no Museu Pelé, em Santos.

O museu é um prato cheio para os fãs do esporte. O espaço traz uma linha do tempo da infância e da glória no futebol, que consagrou Pelé como o atleta do século XX.

São itens de acervo pessoal, troféus da carreira, camisas, chuteiras, prêmios, bolas, homenagens, estatísticas, manchetes de jornais, entre outros itens. Tudo isso em 4.134 m² de área, que contam em detalhes toda trajetória do atleta. Chamado por ele mesmo de sua casa, o local guarda o maior acervo pessoal e em referência ao jogador.

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O que tem no Museu do Pelé?

O percurso começa pela infância, no qual é possível ver o rádio em que Pelé acompanhava os jogos de futebol com seu pai. E foi por ele que Seu Dondinho ouviu a derrota do Brasil na final da Copa do Mundo de 1950, contra o Uruguai.

Foi a primeira vez que Pelé viu seu pai chorar e prometeu a ele que ganharia a taça pelo Brasil, fato que ocorreu oito anos depois.

Na parte do acervo pessoal, um dos itens que chama atenção é a coroa e cetro oferecidos pela Seleção da Iugoslávia antes da partida contra o Brasil, em 18 de julho de 1971, no Maracanã. O jogo terminou 2 × 2. Mas, naquele dia, o Rei imortalizou a camisa 10.

Outro item histórico são as chuteiras usadas por Pelé na partida da Seleção Brasileira contra a Tchecoslováquia (atual República Tcheca), na Copa do Mundo realizada no México, em 1970. Naquele jogo, Pelé fez quatro gols, deu cinco assistências e cavou a falta para Rivelino igualar o resultado e, aos 29 anos, foi eleito o melhor jogador da Copa do México.

Tem ainda a camisa azul com gola polo que a Seleção Brasileira usou na partida da final da Copa de 1958, quando venceu a Suécia por 5 a 2 e levantou o caneco pela primeira vez.

Mulheres no futebol 

Esta exposição estaca a notável resistência das mulheres brasileiras que enfrentaram a proibição legal de praticar futebol entre 1941 e 1979.

Originada do sucesso da exposição no Museu do Futebol em 2019, que atraiu mais de 200 mil visitantes, ‘Contra-ataque!’ ganha, a cada nova cidade, um módulo especial que destaca a história do futebol feminino na região. O módulo santista, com pesquisa de Daniela Lima, narra como as mulheres locais superaram as restrições impostas e organizaram partidas de futebol após a revogação do decreto-lei que as proibia.

Ao entrar, os visitantes são imersos no contexto de preconceito e machismo que levou Getúlio Vargas a assinar o decreto-lei proibindo as mulheres de praticarem esportes considerados “incompatíveis com as condições de sua natureza”. As vozes do ator Antonio Fagundes e da atriz Patrícia Pillar, em áudio, dão vida a cartas de jornais de 1940, apresentando diferentes perspectivas sobre o futebol feminino e refletindo os debates da opinião pública da época.

A exposição destaca a inventividade das mulheres brasileiras para continuar jogando, mesmo sob proibição, muitas vezes se apresentando em partidas realizadas como atrações de circo. Em seguida, os visitantes testemunham o desenvolvimento histórico do futebol feminino após o levantamento da proibição, com a devida regulamentação em 1983.

Para conscientizar sobre o preconceito enfrentado pelas jogadoras, a exposição exibe uma coleção de frases discriminatórias da imprensa e das redes sociais, sendo reinterpretadas na instalação audiovisual para eliminar termos negativos. Além disso, uma coleção videográfica destaca momentos memoráveis e vitórias protagonizadas por mulheres.

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Pelé: o primeiro e único

Além do acervo pessoal, o museu conta com a exposição temporária “4 Copas e 1 Rei”, que destaca as conquistas de Pelé com a Seleção Brasileira.

Na Copa de 1958, o Rei chamou atenção pela sua genialidade. Com apenas 17 anos, era campeão do maior torneio de futebol do mundo e ajudou o Brasil a levantar a taça, marcando seis gols na final contra a Suécia.

No bimundial, de 1962, o jogador foi prejudicado por uma contusão e marcou apenas um gol. Quatro anos depois, o Brasil voltou para casa sem o título e Pelé foi muito cobrado pelo resultado ruim.

Mas a passagem do Rei pela Seleção teve um final feliz, com a conquista da Copa de 1970, no México. Naquele ano, Pelé conquistou a Taça Jules Rimet pela terceira vez, tornando-se o único jogador tricampeão do mundo na história do futebol.

Inclusive, uma réplica da Taça Jules Rimet também está em exibição no museu. O prêmio tem esse nome em homenagem ao presidente da FIFA, que idealizou a Copa do Mundo.

O troféu foi criado para presentear o primeiro país tricampeão do mundo, o que ocorreu com a seleção em 1970. Infelizmente, a versão original da taça foi furtada nos anos 80 e desmanchada anos depois.

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Homenagem ao Rei

Quem passeia pelo museu também pode ver o mural de 200 m², feito pelo artista gráfico e cartunista Sérgio Ribeiro Lemos, o Seri, em homenagem a Pelé.

O mural é composto por oito painéis de 6 metros de altura na parede interna da área e expositiva. Cada painel registra um gol marcante da história de Pelé:

Tem o 1.º gol, marcado em 1956; um da Copa do Mundo de 1958; o mais bonito, de 1959, eleito pelo próprio jogador; o de bicicleta, de 1965; o gol de ‘placa’, e 1961; e o milésimo, feito em 1969.

O painel estampa também o gol da final da Copa de 1970; e o último da carreira de Pelé, em 1977, quando ele vestiu a camisa do New York Cosmos em uma partida contra o Santos. O jogo foi a despedida do Rei do esporte.

Pelé recebeu uma cópia do mural, em tamanho reduzido, em 2019.

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Como o museu foi construído?

Inaugurado em junho de 2014, o espaço está instalado nos antigos Casarões do Valongo. O primeiro prédio foi construído em 1867 e funcionava como sede do governo da Província de São Paulo.

O segundo casarão, construído em 1872, abrigava a sede da Prefeitura e a Câmara, além da primeira faculdade de Farmácia e Odontologia da cidade.

Um incêndio atingiu um dos prédios, em 1985; e a parte que sobrou também acabou sendo destruída por outro incêndio. O edifício foi reinaugurado em 2014, após anos de obras, que reconstruíram a fachada e as instalações.

O museu começou a funcionar no mesmo ano da Copa do Mundo realizada no Brasil, em 2014. Trata-se de um sonho antigo do Rei, que queria expor a sua história, mas em Santos, a cidade do clube que o revelou.

Em 2016, o museu passou a ser administrado pela Prefeitura de Santos e, em 2018, ganhou a Sala do Rei, um espaço reservado para ser o escritório de Pelé, onde ele podia receber convidados.

Desde a inauguração, o museu já recebeu mais de 325 mil visitantes, com média de 40 mil pessoas por ano.

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Quem foi Edson Arantes do Nascimento?

Nascido em 1940, na cidade de Três Corações (MG), Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, é filho do filho do jogador João Ramos do Nascimento, mais conhecido como Dondinho, e Celeste Arantes.

Aos três anos, mudou-se com sua família para a cidade de Bauru (SP). A família de Pelé vivia na pobreza e o jogador trabalhava em lojas de chá para ganhar um dinheiro extra.

Edson aprendeu a jogar futebol com seu pai. Como não tinha dinheiro para comprar uma bola, ele jogava com uma meia recheada com jornal.

A primeira equipe de futebol que Pelé jogou foi o Sete de Setembro; depois foi para o Ameriquinha, onde calçou chuteiras pela primeira vez.

Aos 13 anos, entrou para o “Baquinho”, equipe infantojuvenil do Bauru Atlético Clube. Naquela época, Pelé já chamava atenção e foi artilheiro do time em diversas partidas.

O jogador também fez parte do time de futsal Radium, com quem conquistou vários títulos. Pelé já se destacava nesses campeonatos.

Começou a jogar no Santos Futebol Clube em 1956, aos 15 anos, e dali em diante marcou a história do futebol por sua genialidade e qualidades insuperáveis, sendo reconhecido como o Atleta do Século 20.

Pelé marcou 95 gols pela Seleção Brasileira e mais 1.091 pelo Santos. Foi bicampeão do mundo pelo Alvinegro Praiana, em 1962 e 1963; com a amarelinha, conquistou os mundiais de 1958, na Suécia; de 1962, no Chile; e de 1970, no México.

Edson Arantes do Nascimento morreu no dia 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos, vítima de um câncer no cólon. Apesar da perda, o legado de Pelé será eterno para o esporte.

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Curiosidades

  • Pelé recebeu esse apelido na escola, por conta da forma como pronunciava o nome do goleiro Bilé do Vasco da Gama.
  • Ele recebeu o seu primeiro nome em homenagem ao cientista Thomas Edison, de quem seu pai era fã.
  • Antes de entrar para o Santos, Pelé recebeu propostas para jogar no Bangu Atlético Clube e no Esporte Clube Noroeste, de Bauru.

Recordes insuperáveis

Pelé coleciona recordes e títulos que mostram a grandeza da sua trajetória no futebol. Os números podem ser vistos na mostra permanente do museu “Supremo — conquistas-números-recordes”. Confira:

Gols

  • 1282 gols em 1367 jogos — média de 0,94 por jogo;
  • É o maior artilheiro do Santos — 1.091 gols, sendo 643 em jogos oficiais e 448 em amistosos;
  • É o maior artilheiro da Seleção Brasileira — 95 gols, sendo 67 em jogos oficiais e 18 em amistosos. Neymar ocupa o segundo lugar, com 77 gols.

Principais títulos  Seleção Brasileira

  • Copa do Mundo: 1958/1962/1970;
  • Copa Roca: 1957/1963;
  • Taça Bernardo O’Higgins: 1959;
  • Taça do Atlântico: 1960;
  • Taça Oswaldo Cruz: 1958/1962/1968.

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Principais títulos  Santos FC

  • Mundial Interclubes: 1962/1963;
  • Taça Libertadores da América: 1962/1963;
  • Campeonato Brasileiro: 1961/1962/1963/1964/1965/1968;
  • Torneio Rio-São Paulo: 1959/1963/1964/1966;
  • Campeonato Paulista: 1958/1960/1961/1962/1964/1965/1967/1968/1969/1973;
  • Recopa Sul-Americana: 1968;
  • Recopa Mundial: 1968.

Principais conquistas pessoais

  • Melhor jogador jovem da Copa do Mundo FIFA: 1958;
  • Bola de Prata da Copa do Mundo FIFA: 1958;
  • Ballon d’Or da France Football: 1958, 1959, 1960, 1961, 1963, 1964, 1970;
  • Bola de Ouro da Copa do Mundo FIFA (Melhor Jogador): 1970;
  • Melhor Jogador da Copa América: 1959;
  • Artilheiro da Copa América: 1959;
  • Eleito Atleta do Século pelo Comitê Olímpico Internacional: 1999;
  • Eleito Futebolista do Século pelos ganhadores da Ballon d’Or da France Football: 1999;
  • Melhor Jogador do Século da FIFA: 2000;
  • Prêmio Laureus do Esporte Mundial: 2000;
  • Prêmio Ordem do Mérito do Centenário da FIFA: 2004;
  • FIFA 100 Melhores Futebolistas Vivos: 2004;
  • Eleito Melhor Jogador Brasileiro do Século pela IFFHS: 2006;
  • Jogador do Século da IFFHS (International Federation Of Football History & Statistics): 1999;
  • Jogador Sul-Americano do Século da IFFHS: 1999;
  • Atleta do Século escolhido pela Agência Reuters: 1999.

Perguntas frequentes – Museu Pelé

  1. Precisa pagar ingresso para visitar? Não, a entrada ao museu é 100% gratuita.
  2.  Qual o horário de funcionamento do museu?De terça a domingo, das 10h às 18h; entrada até às 17h30.
  3. Onde fica o Museu Pelé? Está localizado no Largo Marquês de Monte Alegre, 1 – Valongo, Santos – SP.
  4. O que tem lá? O museu é dedicado à carreira de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos. Tem itens de acervo pessoal, troféus, chuteiras, camisas, entre outros objetos históricos.

Galeria de fotos

Passeio: Museu Pelé

Recomendado: Todas as idades

Quando: Atração fixa

Horários: terça a domingo, das 10h às 18h; entrada até às 17h30.

Preços: Gratuito

Onde: Museu Pelé – Largo Marquês de Monte Alegre, 1, Valongo - Santos - como chegar

Facilidades:

  • Abre em feriados
  • Petfriendly
  • Aceita excursões escolares
  • Rampas de acesso

Passeio: Museu Pelé

Recomendado: Todas as idades

Quando: Atração fixa

Horários: terça a domingo, das 10h às 18h; entrada até às 17h30.

Preços: Gratuito

Onde: Museu Pelé – Largo Marquês de Monte Alegre, 1, Valongo - Santos - como chegar

Facilidades:

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