Não é só para ficar zen: meditar contribui para o bem-estar emocional das crianças

A pandemia alterou o comportamento de todas as pessoas, independentemente da idade e classe social. Com relação às crianças, podemos destacar que elas foram afetadas com a falta de aulas presenciais, de brincadeiras no recreio escolar, de atividades ao ar livre, de festas de aniversário etc. Enfim, o distanciamento social elevou os níveis de estresse, ansiedade, medo, frustração e tédio, o que é algo altamente preocupante.
 
Para superar essa fase difícil, a meditação tem sido apontada como uma maneira de aliviar essas emoções. Porém, é necessário entender o público infantil para oferecer práticas meditativas que gerem resultados positivos e contribuam para que os pequenos consigam lidar com as próprias emoções.

Além disso, é preciso compreender que meditar traz benefícios sim para o desenvolvimento emocional. No entanto, temos que analisar que a meditação voltada para as crianças deve acontecer em curta duração, com elementos lúdicos e de forma natural.
 
A meditação consiste na concentração e no relaxamento da lógica por um tempo determinado. Mas atenção: para aplicar essa técnica em crianças são precisos outros artifícios. Hoje, os pequenos têm ao seu redor excesso de distrações e estímulos, visuais principalmente, dificultando que foquem em um ponto.
 
Também é fundamental entender que controlar a respiração é fundamental para manter a concentração por 15 minutos, por exemplo. Contudo, na realidade da criança de hoje esse tempo será insuportável. Para iniciar os pequenos no exercício de meditar, o tempo é importante, por isso uma boa opção é começar com dois a cinco minutos de prática. Sabe como estimular a criança a focar em apenas em um ponto para favorecer a concentração? Use um estímulo visual como a chama de uma vela, um outro recurso pode ser um áudio.  
 
O envolvimento de pais, responsáveis ou cuidadores nesse momento também é relevante, principalmente quando eles expõem com naturalidade sentimentos, pensamentos e emoções. Além disso, a vivência contribui para o desenvolvimento da inteligência emocional e habilidades das crianças, que aprendem com os exemplos.
 
Quando se aplicam técnicas adequadas os resultados são muito benéficos para o desenvolvimento emocional das crianças. Lembre-se que, quando se medita o sistema nervoso central libera neurotransmissores e hormônios que favorecem a manutenção da saúde mental, contribuindo para o controle das emoções.