Fotos: Reprodução / Divulgação

Flavia Mosimann e Lilian Pastore

Criado em 04/05/21

Mães Pâncreas: Amor e Resiliência

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Receber o diagnóstico que seu filho precisará tomar medicamento injetável para o resto da vida é uma notícia que causa impactos, e quando a notícia vem junto com outros cuidados permanentes e diários, a rotina é quebrada e invadida por preocupação, tensão e até angústia nos primeiros meses, pois será preciso reorganizar a própria vida para que sua atenção fique ainda mais focada na saúde da criança. 

É o que acontece conosco, as “Mães Pâncreas”, mulheres que têm filhos com diabetes tipo 1. Essa nomenclatura se dá pois o diabetes é uma doença crônica não transmissível na qual o pâncreas não produz insulina (diabetes tipo 1). Daí, as mães acabam ‘fazendo uma parte essencial do papel’ do pâncreas ao administrarem a insulina em seus filhos.

É um diagnóstico familiar, uma vez que impacta todos os integrantes da família. Mas para nós, mães, abre um buraco debaixo de nossos pés. De um dia para o outro, descobrimos que nosso filho tem uma condição de saúde incurável, cujo tratamento é injetável, e que teremos que calcular essas doses. Descobrimos que um passo em falso pode fazer um grande mal ao nosso filho. Não há preparo para isso.

Encontramos no Programa Correndo Pelo Diabetes (CPD) – organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo social estimular a prática regular de atividade física como ferramenta de promoção da saúde e inclusão da pessoa com diabetes – o apoio para enfrentar a questão, compartilhando dificuldades do dia a dia com outras mães que participam do CPD e que recebem, além de assessoria para a prática de atividade física juntamente com seus filhos, o atendimento psicológico para as pessoas com diabetes e seus familiares.

Saber que seu filho precisará de cuidados para toda a vida é um choque. É preciso acionar o ‘botão’ recalcular rota. 

Mudança de Rota

Diminuir a carga horária no trabalho e até recorrer a uma licença profissional para adaptar toda a família à nova rotina, como alimentação balanceada, acordar várias vezes na madrugada para medir a glicemia é desafiador. Mas passar para a escola todas as informações sobre a condição do nosso filho é uma das partes mais complicadas, já que a maioria das escolas desconhece as necessidades de uma criança com diabetes.

Assim como na rotina em casa, nas festas também temos os famosos “combinados”. Não beliscar salgadinhos e doces, pois a insulina tem uma ação que dura cerca de 2 horas, e se ficar comendo durante toda a festa, vai dar a maior confusão. Então, a orientação é sentar e comer como se fosse uma refeição.

Atividade Física para Mães Pâncreas 

Criado em 2018, o Correndo pelo Diabetes oferece atividades físicas elaboradas para as mães, com intuito de cuidarem da própria saúde e incentivarem seus filhos a praticar exercícios, que são muito importantes para a qualidade de vida de uma pessoa com diabetes. Além disso, o CPD promove a troca de informações entre as famílias e pacientes, formando uma verdadeira rede de apoio por meio de encontros virtuais com os especialistas, informações sobre tratamentos e tipos de diabetes, além de terem um educador em Diabetes para orientação e dúvidas e conhecem outros pais pâncreas. 

Crianças acima de 12 anos podem participar do programa com acompanhamento dos responsáveis e vemos uma excelente evolução em adolescentes que participam das atividades de caminhada, corrida e Yoga. Todos ganham em saúde física, emocional, reiteram vínculo afetivo e de confiança. 

Nós, mães, precisamos estar bem para poder cuidar dos nossos filhos e a atividade física é uma das ferramentas que proporciona isso, além de outros inúmeros benefícios ao corpo, ajuda na saúde emocional, libera hormônios que trazem bem-estar e resultam em mais energia para que possam enfrentar o dia a dia. 

Quanto ao suporte psicológico, também oferecido pelo CPD, é inegável o quanto isso ajuda a enfrentar a notícia, as mudanças de vida e a encontrar equilíbrio para lidar com as intercorrências do dia a dia. É como a regra do oxigênio nos aviões: primeiro se coloca no cuidador e depois na criança. Ela refletirá sua aceitação e forma equilibrada com que você lida com a condição.

Portanto, acalmem o coração, porque vai dar tudo certo mesmo. As coisas vão se encaixando. As crianças são mais capazes do que a gente imagina. E quanto mais seu filho participar dos cuidados com o diabetes, mais tranquila vai ser a relação dele com a nova condição. 

Sobre Flavia Mosimann e Lilian Pastore:

Flavia Mosimann é mãe do Christian, de 10 anos, diagnosticado com diabetes aos 5 anos, e Diretora de Impacto Social do Correndo Pelo Diabetes.
Lilian Pastore é mãe da Luiza, de 13 anos, diagnosticada com diabetes aos 8 anos, e Diretora de Educação em Diabetes do CPD.

Sobre Flavia Mosimann e Lilian Pastore:

Flavia Mosimann é mãe do Christian, de 10 anos, diagnosticado com diabetes aos 5 anos, e Diretora de Impacto Social do Correndo Pelo Diabetes.
Lilian Pastore é mãe da Luiza, de 13 anos, diagnosticada com diabetes aos 8 anos, e Diretora de Educação em Diabetes do CPD.

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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 04/05/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos

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