Por Marcela Matos
Criado em 12/01/22
Foto: Divulgação/ Arquivo Pessoal
Laurinha, menina da cidade de Vitória, no Espírito Santo, de apenas 7 anos de idade, é apaixonada por futebol e sonha em se tornar uma atleta profissional, como as jogadoras Marta e Formiga, ídolas do futebol feminino brasileiro. Laurinha, que treina em escolas de futsal desde os 4 anos, descobriu logo cedo que o caminho é difícil, ainda mais para as meninas, sendo impedida de participar do Campeonato Estadual de Futsal do Espírito Santo Sub-09, que aconteceu em novembro de 2021, apenas pelo fato de ser menina.
Sem aceitar o golpe no sonho da filha, Laís Matias, mãe de Laurinha, está lutando não só por Laurinha, mas também para tentar mudar a realidade de preconceito no mundo do futebol. Na internet, Laís criou a campanha #MeninasTambémJogam, com o intuito de engajar apoiadores em prol da igualdade de gênero no futebol, em conjunto com um abaixo-assinado na plataforma Change.org, que já conta com mais de 6.600 assinaturas.
Laís conta que as dificuldades da filha no esporte começaram ainda mais cedo, com problemas para encontrar uma escolinha que aceitasse a Laurinha como aluna aos 4 anos. A única que permitiu que ela treinasse junto aos meninos foi o Cruzeiro da Ilha de Santa Maria, em Vitória, escola em que até hoje Laurinha é aluna. Quanto à proibição da participação de Laurinha no campeonato, Laís explicou que os responsáveis pela fase municipal do torneio permitem que a menina jogue normalmente com os meninos e que todas as equipes e atletas a tratam muito bem. Porém, na fase estadual, os organizadores impedem a participação de Laurinha por se tratar de um “campeonato masculino”, no qual meninas e mulheres não podem ter o direito de jogar.
“Isso é um absurdo, pois se trata de uma criança amante do futebol, apenas”, indigna-se Laís. “Proibi-la de jogar não é só andar para trás, mas se trata também de um desrespeito à família que incentiva a menina à prática do esporte, que como todos sabemos o nosso país sempre foi referência.”, comenta a mãe de Laurinha sobre o caso de preconceito.
Laís seguirá com a campanha #DeixemALaurinhaJogar ativa nas redes sociais e com a petição online até que os organizadores do campeonato tornem as regras iguais para meninos e meninas. Inconformada com tamanho preconceito e desrespeito, a mãe completa: “Pensem na minha situação como mãe, de ter que explicar para sua filha de 7 anos que a mesma não poderá fazer o que sempre amou pelo fato de ser menina.”.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 12/01/22. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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