Grupo com mais de 400 pediatras e milhares de pais e mães se mobiliza pela volta às aulas na rede pública no início de 2021

Esta semana uma campanha lançada por um grupo de mais de 400 pediatras e apoiada por milhares de pais e mães de todo o Brasil agitou a internet. A campanha “Lugar de Criança é na Escola” defende a reabertura e retomada da Volta às aulas no começo de 2021.

👉Atenção: isto é uma notícia e não um posicionamento nem opinião. Somos um veículo de imprensa. Cada pai e mãe pode avaliar as informações e decidir se apóia ou não a campanha. Obrigada! 😉❤️

A campanha defende que as escolas são serviços essenciais e que, a exemplo de outros países da Europa, por exemplo, não devem ser fechadas na pandemia. “A atividade não escolar tem mais risco que a escolar. Se a criança está indo com a mãe fazer compras, em loja, supermercado, tem risco maior do que se ela for à escola. Vamos acabar com essa ficção que escola é o lugar mais perigoso que existe”, afirma o pediatra e sanitarista UFRJ, Daniel Becker, um dos coordenadores do grupo.

Ele diz compreender o medo de professores que trabalham em escolas sem estrutura, mas afirma que todos precisam cobrar investimentos públicos e privados para que elas sejam adaptadas para abrir. “Estamos com 40 milhões de crianças sem escola e ninguém fala nada”.

Becker ainda enumera os prejuízos à saúde para crianças isoladas em casa, como sedentarismo, problemas graves de comportamento, sintomas psicossomáticos como dores, diarreia, falta de sono, excesso de demanda dos pais, entre outros.

Abaixo, confira o manifesto da campanha na íntegra.

Campanha #LugardeCriançaénaEscola
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Uma das primeiras medidas tomadas com a pandemia COVID 19 em março de 2020 foi o fechamento das escolas em todo o mundo, deixando 2 bilhões de crianças sem ensino presencial.
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Isto se baseou na experiência da pandemia da gripe H1N1, onde crianças e idosos eram os principais grupos de risco.
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Após alguns meses, observou-se que as crianças adoecem pouco, quase não desenvolvem formas graves e transmitem pouco.
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Hoje sabe-se que as crianças representam menos de 10% dos casos, com pouquíssimas internações e mortalidade de 0 a 0,3%. Por isso, as crianças serão as últimas a receber imunização contra a COVID-19.
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O isolamento social e a falta da escola geraram consequências desastrosas na saúde física, mental e social das nossas crianças. Elas estão adoecendo, tendo seu desenvolvimento prejudicado e vivendo situações de risco.
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Se isso se repetir em 2021, as consequências serão catastróficas para crianças, famílias e sociedade. Aguardar a vacina não é uma opção.
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Nos muitos países que promoveram a reabertura das escolas com protocolos de segurança, inclusive em meio à segunda onda, não houve aumento de casos nem surtos escolares.
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Trabalhos mostram que os surtos raramente se iniciam nas escolas, que escolas com protocolos são seguras tanto para crianças quanto para educadores, e que é incomum a criança transmitir o vírus para outra criança ou adulto.
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Em síntese: escolas fechadas não diminuem o número de casos e escolas abertas não aumentam este número. Escola boa protege alunos e professores!
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Reabrir a escola pública é um imperativo moral para o Brasil, validado pela ciência e por experiências internacionais. Mas que exige condições adequadas: reformas, equipamentos, suprimentos, treinamentos dos profissionais e da comunidade.
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Diante desse cenário, iniciamos esse movimento com um objetivo claro:
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MOBILIZAR A SOCIEDADE PARA O RETORNO SEGURO DAS ESCOLAS PÚBLICAS NO INÍCIO DE 2021!
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Vamos agir juntos, mobilizando governo e sociedade, para reabrirmos as escolas com melhores condições e corrigirmos esta injustiça com as 40 milhões de crianças que precisam da escola pública.
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Venha com a gente no @lugardecriancaenaescola ❤