Dr. Roberto Soler
Criado em 20/05/21
A condição que implica na perda involuntária de urina chega a atingir até 70% das mulheres no final da gestação
Para as mamães de primeira viagem é normal surgirem dúvidas sobre questões da maternidade, principalmente quando falamos da vida real, sem romantizações. Durante a gravidez e o pós-parto, o corpo da mulher passa por muitas mudanças para receber o bebê, e uma das mais comuns nesses períodos é a incontinência urinária. Mas você sabe o que é isso? Para explicar em linhas gerais, a incontinência urinária representa a perda involuntária de urina.
Essa condição é causada devido às mudanças nos hormônios femininos e alterações nos tecidos musculares pélvicos. Esses músculos do assoalho pélvico são responsáveis pela sustentação de órgãos como útero, bexiga e intestino. Conforme acontecem essas transformações hormonais durante a gravidez, somados ao crescimento do bebê, pode ocorrer um enfraquecimento desses músculos. A falha desse mecanismo de suporte, pode causar a incontinência urinária, que chega a atingir até 70% das mulheres no terceiro trimestre gestacional, segundo dados de diversos países.
Já no pós-parto, principalmente quando o bebê nasce através do parto natural, ou seja, pela via vaginal, a incontinência também pode ocorrer. Até 30% das mulheres puérperas podem apresentar a condição. Nesse caso, ela é provocada pela perda significativa da capacidade de contração da musculatura do assoalho pélvico, ou seja, os músculos responsáveis pela continência ficam mais flácidos, afetando o controle da micção e, consequentemente, acontecem os escapes de urina. Caso a gestante, ou puérpera, sinta, também, dores na região, é muito importante avisar o médico responsável pelo acompanhamento do pré-natal para uma nova avaliação.
A incontinência no pós parto pode ser mantida ou acometer mulheres que não tiveram incontinência urinária durante a gravidez. O tipo mais comum de incontinência urinária relacionada à gravidez é a incontinência urinária de esforço. As perdas urinárias acontecem, geralmente, com ações simples do dia a dia, como tossir, espirrar, rir ou abaixar. Em geral, os sintomas costumam diminuir com o passar do tempo, podendo ter duração de até seis meses, aproximadamente. Se os sintomas persistirem após o parto por mais de 6 a 8 semanas, é recomendado que se procure o médico especialista (ginecologista ou urologista). Outra forma de incontinência urinária é a chamada incontinência urinária por urgência, que faz parte de uma condição chamada bexiga hiperativa, que tem como característica principal a urgência em urinar, geralmente acompanhada de aumento da frequência das micções e noctúria, que é a vontade de urinar durante a noite. Nesta, a mulher sente uma vontade muito grande de urinar (urgência) e não consegue segurar a urina. O médico especialista diferencia essas modalidades de incontinência urinária, já que o tratamento pode ser diferente.
Os exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico, que funcionam como uma fisioterapia do períneo, podem auxiliar na redução do risco de desenvolvimento da incontinência urinária na gravidez e podem ser utilizados como método de tratamento. Eles consistem em contrações repetitivas dos músculos do assoalho pélvico e ajudam a melhorar a força e controle urinário. Quando realizados adequadamente na gravidez e/ou no puerpério, podem diminuir a incidência de incontinência urinária no período pós-parto. Mas, é importante ressaltar que cada paciente precisa ser avaliada individualmente para a prescrição dos exercícios pelo médico, que são administrados e orientados pelo fisioterapeuta. Caso o caso seja mais grave, não será descartada a possibilidade de um tratamento cirúrgico ou medicamentoso.
Outro ponto que vale destacar é de que mulheres que apresentam essa condição durante a gestação e/ou no pós-parto apresentam uma maior predisposição a desenvolver incontinência urinária e disfunções pélvicas permanentes no futuro. A incontinência urinária é uma condição que faz parte de um grupo de sintomas associados, também, à idade, conhecidos como LUTS (sintomas do trato urinário inferior, tradução da sigla em inglês). De acordo com o Brasil LUTS, primeiro estudo epidemiológico sobre os sintomas urinários realizado com a população brasileira, em parceria com a Astellas Farma Brasil, os sintomas afetam 59% das mulheres acima dos 40 anos, chegando a mais de 95% em mulheres acima de 70 anos. Neste estudo, 45,5% das mulheres reportaram ter algum tipo de incontinência urinária.
Além do desconforto do dia a dia, a incontinência urinária também pode afetar o emocional e o psicológico das gestantes. Isso acontece devido à possibilidade de haver escapes na roupa íntima, o que traz dificuldade para se levar uma vida normal. É comum as pacientes demonstrarem comportamentos adaptativos, como por exemplo a utilização de fraldas e absorventes ou levarem uma troca de roupa para seus compromissos. Por isso, é necessário considerar o impacto da condição nessas vidas e conscientizá-las da necessidade de procurarem por ajuda médica que ofereça informação de qualidade, baseada em pesquisas científicas e que seja de fácil acesso e entendimento.
Serviço:
A Astellas, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), criou a campanha #ChegadeAperto, que visa desmistificar as condições do LUTS e fazer um alerta para os sintomas urinários que geram incômodo e agravo da qualidade de vida.
Para mais informações, acesse o site e faça o teste.
Sobre Dr. Roberto Soler:
Urologista e diretor médico da Astellas Farma Brasil (AFB). Possui o título de PhD, pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, e é pós-doutor em Medicina Regenerativa e Uro-farmacologia pela Wake Forest University.
Sobre Dr. Roberto Soler:
Urologista e diretor médico da Astellas Farma Brasil (AFB). Possui o título de PhD, pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, e é pós-doutor em Medicina Regenerativa e Uro-farmacologia pela Wake Forest University.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 20/05/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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