Nos últimos 20 anos, o número de mulheres que tiveram bebês após os 35 anos avançou no Brasil, aponta estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Nessa faixa etária, a gravidez já é considerada tardia e merece um acompanhamento mais próximo com o objetivo de diminuir riscos e ser bem-sucedida.
Para aquelas mulheres que já passaram dos 35 anos e planejam engravidar, trago aqui algumas recomendações:
A gestação deve acontecer de maneira planejada, para que todo o acompanhamento médico se inicie antes mesmo da fecundação.
A partir dos 35 anos, a gestação deve ser cuidada com uma estratégia de prevenção, e não como um risco em si. Nesses casos, é necessário manter a bandeira amarela em alerta, com intuito de reduzir os riscos durante o período gestacional.
Em grande parte dos casos de gravidez tardia ou idosa – como também é conhecida – a mulher necessita de uma suplementação diferenciada, avaliação hormonal e acompanhamento constante da pressão arterial e do peso para que a gravidez avance de maneira saudável.
Entre 10 e 15% das gestações podem sofrer abortos, em sua maioria decorrentes de componentes genéticos. Quando filtramos para a gravidez tardia, esse índice é ainda maior, o que pode comprometer a possibilidade de uma próxima gestação devido a idade da paciente.
Com o avanço da idade, aumentam as probabilidades de alterações metabólicas, tireoidites, diabetes, distúrbios de pressão, entre outros.
As chances de uma pré-eclâmpsia durante o parto, por exemplo, são maiores. Essa condição pode acometer tanto gestante com idades mais avançadas quanto adolescentes.
Vale ressaltar que a idade não deve ser o único motivo para decidir pela maternidade. Ao pensar em engravidar, a mulher tem que levar em consideração se ela realmente tem o desejo de ser mãe e se está preparada para essa mudança em sua vida.
A idade não pode ser o único fator para engravidar. Se houver dúvidas sobre a maternidade, o congelamento de óvulos pode ser uma possibilidade para a mulher postergar essa decisão e gestar no momento ideal.