Por Viviane Porto

Criado em 14/03/25

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Governo lança Guia para uso de telas por crianças e adolescentes: o que as famílias precisam saber?

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O uso excessivo de telas está cada vez mais presente no cotidiano das famílias brasileiras, mas como equilibrar essa prática com momentos de lazer, aprendizado e convivência? Pensando nisso, o governo federal lançou um guia para ajudar os pais a orientarem seus filhos no uso saudável de dispositivos digitais, com foco nas diferentes faixas etárias.

O guia, que pode ser acessado online, tem como objetivo proporcionar uma convivência mais saudável entre as crianças e seus dispositivos, respeitando suas necessidades de desenvolvimento, o equilíbrio entre brincadeiras ao ar livre, interações sociais e momentos de aprendizado digital.

O que diz o guia?

O documento apresenta recomendações baseadas na idade da criança ou adolescente, apontando o tempo de tela considerado adequado para cada faixa etária:

Primeira Infância (até 6 anos)

Para bebês e crianças pequenas, o guia recomenda a eliminação do uso de telas até os dois anos de idade, exceto para videochamadas com familiares, sempre com a presença de um adulto. Nessas idades, a prioridade deve ser dada a atividades físicas, brincadeiras e interações face a face. Para as crianças um pouco mais velhas (entre 6 e 11 anos), o tempo de tela deve ser limitado e combinado previamente, dando espaço para outras atividades, como brincadeiras ao ar livre e jogos que promovam a interação familiar.

Adolescência (12 a 17 anos)

Na adolescência, o guia destaca a importância de mediação ativa dos pais, especialmente em relação ao uso de redes sociais, aplicativos de mensagem e jogos digitais. A puberdade é um período sensível de reprogramação cerebral, e o acompanhamento dos pais pode ajudar na proteção contra riscos como cyberbullying, assédio sexual e jogos de azar. O uso de dispositivos deve ser monitorado, e as configurações de privacidade devem ser sempre ajustadas para garantir a segurança dos jovens.

Recomendações todas as idades

Entre as recomendações gerais, destaca-se a importância de estabelecer tempos de tela previamente, moderando o uso dos dispositivos digitais, especialmente em momentos de convivência familiar. O guia também sugere que o uso de dispositivos seja condicionado ao cumprimento de tarefas escolares, além de garantir que o acesso a conteúdos educativos e experiências coletivas seja priorizado.

Orientações práticas para famílias

Entre as principais recomendações para as famílias estão: a escolha de conteúdos educacionais, a definição de tempos de tela bem definidos e o uso de aplicativos com a menor coleta possível de dados pessoais. O guia também sugere que os pais evitem usar dispositivos como recompensa ou punição e, sempre que possível, participem ativamente das experiências digitais junto aos filhos, guiando e mediando seu uso.

Além disso, a presença de dispositivos digitais durante as refeições e no momento de descanso, como a última hora antes de dormir, deve ser evitada. Essas atitudes simples podem contribuir para um uso mais saudável e equilibrado das telas, impactando diretamente na saúde e no bem-estar das crianças e adolescentes.

Por que essas recomendações foram feitas?

Estudos apontam que o uso excessivo de telas pode estar ligado a problemas de sono, dificuldades de concentração, aumento do sedentarismo e até mesmo impacto na saúde mental dos jovens. O governo reforça que o objetivo das diretrizes é promover um equilíbrio entre o mundo digital e as atividades presenciais.

Outro ponto abordado é a segurança online. O guia orienta os pais a conversarem com os filhos sobre os riscos da internet, como cyberbullying, exposição excessiva e contatos com desconhecidos.

O que as famílias podem fazer na prática?

Para ajudar os pais e responsáveis a aplicarem essas orientações no dia a dia, o guia sugere algumas ações:

  • Estabelecer regras claras sobre quando e por quanto tempo as telas podem ser usadas.
  • Priorizar conteúdo educativo e interativo ao invés de apenas entretenimento passivo.
  • Criar momentos livres de telas, como durante as refeições e antes de dormir.
  • Monitorar o que os filhos estão assistindo e com quem interagem online.
  • Incentivar outras atividades, como leitura, brincadeiras ao ar livre e esportes.

Onde acessar o guia?

O “Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais por Crianças e Adolescentes” pode ser consultado e baixado gratuitamente no site do Governo Federal. Para acessar o documento completo, clique aqui.

O material é uma tentativa de reunir informações sobre um tema que preocupa muitas famílias, trazendo recomendações baseadas em pesquisas. Cabe aos pais e responsáveis avaliarem e adaptarem as sugestões à realidade de cada criança, garantindo um uso mais consciente da tecnologia.

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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 14/03/25. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos

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