Marco Sampaio
Criado em 17/08/21
Quando o casal apresenta dificuldades para engravidar, a reserva ovariana é um dos primeiros fatores avaliados. Isso porque a sua importância para a fertilidade feminina é enorme, já que representa a quantidade de folículos da mulher. Os óvulos estão localizados dentro desses folículos, assim, quando o seu número cai, o que chamamos de baixa reserva ovariana, as chances de uma gestação com tratamento podem diminuir consideravelmente.
Como se sabe, a reserva ovariana está diretamente relacionada à idade da mulher. Com o tempo, a quantidade dos óvulos é afetada, bem como a qualidade. A partir dos 35 anos a chance de gravidez começa a diminuir e, quando a mulher chega aos 40, esse estoque de folículos ovarianos fica ainda menor.
Isso acontece porque a mulher nasce com uma quantidade pré-determinada de folículos ovarianos e, a partir da puberdade, uma parte do seu estoque é utilizado todo mês independentemente do uso de métodos contraceptivos.
É durante esse ciclo que o corpo se prepara para a gestação. Entre as suas diversas funções, os hormônios atuam em uma parcela dos folículos ovarianos para que eles cresçam. No entanto, apenas um se desenvolve, liberando o óvulo para ser fecundado. Os folículos que não desenvolveram são naturalmente eliminados. Esse processo se repete todo mês até a chegada da menopausa.
Mas, além da idade, outros fatores podem resultar em uma baixa reserva ovariana, como doenças que afetam os ovários, por exemplo, entre as quais destaca-se a endometriose. Os tratamentos oncológicos e o tabagismo também contribuem para diminuição da reserva, assim como a falência ovariana prematura (FOP), conhecida como menopausa precoce, que ocorre quando o funcionamento dos ovários é interrompido antes de a mulher completar 40 anos.
A avaliação da reserva ovariana é um dos exames solicitados durante a investigação da infertilidade feminina e antes de se iniciar tratamento com reprodução assistida. A partir das informações coletadas, o médico consegue avaliar os níveis da paciente e orientar o casal sobre os próximos passos para engravidar. Ela pode ser feita por 3 tipos de exames: a ultrassonografia transvaginal; as dosagens do hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio antimülleriano.
A ultrassonografia transvaginal é utilizada para contar o número de folículos antrais da paciente. Quanto maior a quantidade de folículos, maior será a resposta ovariana à estimulação quando houver a necessidade de tratamento. As dosagens hormonais medem os níveis de FSH e estrogênio. Eles atuam diretamente no ciclo menstrual, por isso, o desequilíbrio na produção desses hormônios pode indicar uma baixa reserva ovariana. De forma parecida, medir a produção do hormônio antimülleriano ajuda a estimar quantos óvulos a mulher ainda possui.
As técnicas de reprodução assistida podem ser eficazes mesmo em casos de baixa reserva ovariana, dependendo do nível da paciente. A técnica mais indicada é a fertilização in vitro (FIV) após o acumulo de óvulos com técnicas como o Tetrastim, que começa com uma estimulação ovariana para desenvolver mais folículos e aumentar o número de óvulos maduros usados na fecundação. Para isso, a paciente recebe medicamentos hormonais semelhantes aos que são produzidos durante o ciclo menstrual. Quando atingem o tamanho ideal, os folículos são coletados por punção folicular, os óvulos extraídos, selecionados e congelados para posterior fecundação em laboratório com os espermatozoides. Após alguns dias, os embriões mais saudáveis são transferidos para o útero da paciente. Trata-se da técnica mais eficaz e com a maior taxa de sucesso para os casos de infertilidade conjugal.
Como mensagem final, sugerimos que toda mulher realize uma das técnicas de avaliação de reserva ovariana após os 32 anos.
Sobre Marco Sampaio:
Marcos Sampaio é formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, em 1987, obteve diploma em Fertilização in Vitro e investigação biomédica na Faculdade de Medicina de Valência, na Espanha. Em 1992, concluiu o doutorado em ginecologia e obstetrícia pela Universidade de Valência. Foi medico convidado do Instituto Valenciano de Infertilidade por cinco anos. O pós-doutorado em Embriologia e Fertilização foi concluído na Universidade de Melbourne – Austrália – onde trabalhou com um dos pioneiros da Fertilização in vitro no mundo, Prof. Alan Trounson.
Site: https://origen.com.br
Instagram: https://www.instagram.com/clinicaorigenreproducao
Sobre Marco Sampaio:
Marcos Sampaio é formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, em 1987, obteve diploma em Fertilização in Vitro e investigação biomédica na Faculdade de Medicina de Valência, na Espanha. Em 1992, concluiu o doutorado em ginecologia e obstetrícia pela Universidade de Valência. Foi medico convidado do Instituto Valenciano de Infertilidade por cinco anos. O pós-doutorado em Embriologia e Fertilização foi concluído na Universidade de Melbourne – Austrália – onde trabalhou com um dos pioneiros da Fertilização in vitro no mundo, Prof. Alan Trounson.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 17/08/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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