Exposição em forma de videogame? “Terceiro Mundo – A Dimensão Descoberta” conecta adolescentes à arte

Já pensou visitar uma exposição que na verdade é um jogo de videogame? A exposição “Terceiro Mundo – A Dimensão Descoberta”, criada pelo artista Gabriel Massan, traz um conceito inovador que promete encantar adolescentes e fãs de videogames. Realizada em colaboração com a Serpentine Galleries, a mostra oferece uma experiência imersiva e interativa, onde os visitantes podem explorar um universo digital, jogando um videogame desenvolvido especialmente para a exposição.

Os visitantes podem interagir diretamente com o jogo “Terceiro Mundo” através de quatro estações de jogos espalhadas pela Pina Contemporânea. A ideia é que os jogadores mergulhem em um mundo digital que provoca reflexões sobre o conceito de exploração e ações no mundo real. Quem não quiser jogar pode acompanhar tudo em tempo real nas telas de exibição.

Créditos: Beto Assem

Estrutura do jogo Terceiro Mundo

O jogo criado por Gabriel Massan apresenta dois níveis principais, cada um desenvolvido em colaboração com artistas convidados. O primeiro nível, “Igba Tingbo”, que significa “longo prazo” em iorubá, enfoca a relação do jogador com a alteridade.

Já o segundo nível, “Sòfo” (Vazio), envia os jogadores como Agentes do QG para novas missões. Esses diálogos e narrativas foram enriquecidos com a participação de artistas e pensadores como Castiel Vitorino Brasileiro, Novíssimo Edgar, e Ventura Profana, que contribuíram com suas vozes e vivências.

A colaboração com o rapper e artista Novíssimo Edgar traz ainda uma visão da vida urbana de São Paulo, sua cidade natal, para a construção do mundo do jogo. Essa integração entre arte digital e a experiência afro-indígena brasileira reforça o caráter inovador do projeto, convidando o público a participar ativamente de uma jornada de redescoberta do “Terceiro Mundo”.

Créditos: Beto Assem

Quem é Gabriel Massan?

Gabriel Massan é um artista digital e multidisciplinar nascido em Nilópolis, Rio de Janeiro. Ele utiliza técnicas de construção de mundos e contação de histórias para criar ecossistemas virtuais que simulam experiências afro-indígenas no Brasil.

Seus projetos revelam sistemas de desigualdade e desafiam o conceito de “Terceiro Mundo”, uma classificação imposta às nações não industrializadas. Massan questiona essa perspectiva ocidental e explora novas narrativas por meio da arte digital.

Preço dos ingressos

O ingresso custa R$ 30,00, com meia-entrada de R$ 15 para estudantes com carteirinha. Ele permite visitar os três edifícios da Pinacoteca no mesmo dia: Pina Luz, Pina Estação e Pina Contemporânea.

Crianças menores de 10 anos e idosos acima de 60 têm entrada gratuita. Aos sábados, a entrada é gratuita para todos, e às quintas, a Pina Luz oferece entrada gratuita das 18h às 19h, com permanência até 20h.

Informações úteis sobre a exposição

Créditos: Beto Assem

• Data: de 31 de agosto de 2024 a 2 de fevereiro de 2025
• Local: Pina Contemporânea, Avenida Tiradentes, 273, Luz, São Paulo — SP
• Horário de funcionamento: quarta a segunda, das 10h às 18h

Tem estacionamento?

A Pina Contemporânea não possui estacionamento próprio, mas recomenda-se o uso do estacionamento da Pina Luz, que fica próximo ao local e cobra uma taxa de R$ 20 pela primeira hora e R$ 5 por cada hora adicional.

O uso de transporte público também é incentivado, dada a proximidade com a Estação Luz do metrô e da CPTM.