Grátis! Exposição “Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência” traz o cotidiano da população negra até os dias atuais

Nestes últimos dias de férias, que tal levar as crianças para conferir a exposição gratuita “Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência”, no Memorial da Resistência de São Paulo, com registros que revelam o cotidiano da população negra no Estado de São Paulo, desde 1888 até os dias atuais.

A mostra reconta diferentes experiências subjetivas e coletivas que formaram conexões de lutas por direitos, solidariedade antirracista e afirmação da vida negra, com cultura e lazer, como forma de resistência. A mostra segue até o dia 27 de agosto, de quarta a segunda, das 10h às 18h (fecha às terças).

Como é a exposição?

A exposição reúne 450 itens, como fotografias, cartazes, revistas, jornais, documentos da repressão e manifestações artísticas, além de contar com a participação de artistas e fotógrafos renomados como Bruno Baptistelli, Geraldo Filme, João Pinheiro, Moisés Patrício, No Martins, Renata Felinto, Sidney Amaral, Wagner Celestino, Jesus Carlos, Mariana Ser, Monica Cardim e Tiago Alexandre.

Ao todo, ela está dividida em oito eixos temáticos, abordando desde territórios negros e memórias em disputa, até a resistência enfrentada durante a repressão, vigilância e o período de redemocratização.

E antes mesmo de adentrar ao museu, os visitantes podem visualizar um grande painel chamado “Fio da Memória”, criado por Soberana Ziza, que mede 21m x 4,60m. A obra, inspirada pela frase “Afinal, o século XXI é negro, feminino e nosso. Basta apenas tomá-lo em nossas mãos”, convida a conhecer a exposição completa.

Ideia do projeto

O objetivo central da exposição é contar como a experiência negra, frequentemente ocultada, caminhou em conjunto com a construção da cidadania brasileira e compôs a luta por direitos.

Nesse contexto, são destacados momentos importantes da história paulista, como a participação de negros na construção da cidade de São Paulo, que frequentemente foi apagada ao longo dos anos.