Por Daya Lima

Criado em 29/09/21

Fotos: Reprodução / Divulgação

Estudos de vacinação contra a COVID-19 em crianças avançam, mas ainda é necessário focar nos grupos prioritários

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O Ministério da Saúde concluiu o envio de imunizantes suficientes para vacinar, com a primeira dose, 85% da população adulta contra COVID-19 no Brasil, o que representa cerca de 158 milhões de pessoas. Até o momento, 75% das pessoas acima de 18 anos já foram vacinadas no País. 

Enquanto a imunização dos adultos avança, a vacinação das faixas etárias menores caminha gradualmente, já que  somente o imunizante da Pfizer é autorizado, tanto pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quanto por órgãos regulatórios, inclusive a Anvisa, para ser aplicada em adolescentes dos 12 aos 17 anos.

Alguns estados já começaram a distribuir doses da vacina contra o Coronavírus entre os adolescentes, como é o caso de São Paulo e Mato Grosso do Sul. De acordo com a pasta, mais de um milhão de adolescentes já foram vacinados no Brasil. 

As indústrias farmacêuticas que já têm o aval da OMS, como a própria Pfizer, Johnson & Johnson, responsável pela Janssen, e a Moderna que não é usada no Brasil, estão estendendo os seus estudos para faixas etárias menores. O laboratório chinês Sinovac, que desenvolveu a Coronavac, por exemplo, já realizou estudos na população de 3 a 17 anos

A pesquisa contou com 552 voluntários, e foi realizada em duas fases. Na primeira etapa, foram aplicadas doses baixas da vacina, já na segunda, foram administradas duas doses médias. O estudo apresentou resultados positivos preliminares, mas ainda não foram autorizados pela Anvisa, pois a agência reguladora necessita de mais informações. Além disso, o número de participantes na amostra foi baixo. 

“Os resultados da pesquisa da Coronavac são promissores. As crianças a partir de dois anos, que são o foco da maioria dos estudos, tendem a apresentar uma resposta imunológica melhor. Mas, quando falamos em vacinação de crianças, temos que pensar também em resultados de segurança, não só de eficácia. Para isso, é necessário mais tempo de observação desses ensaios clínicos”, disse Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Diante do retorno às aulas presenciais, em que as crianças voltam a ter contato com os amigos, professores e funcionários da escola, Flávia ressalta que, apesar deste cenário, é necessário “fazer o dever de casa” e ampliar a cobertura da vacinação para os grupos prioritários, como os idosos e pessoas com comorbidades. 

“Quando falamos em pandemia como um todo em que é preciso reduzir mortes e doenças graves, é preciso focar na distribuição de vacinas para as principais vítimas, que não é o caso das crianças, por enquanto. Com o avanço dos estudos e aprovação de mais vacinas em quantitativos maiores, é natural que se estenda a vacinação para a população pediátrica”, ressalta a diretora da SBIm. 

Embora não tenham autorização para ser aplicada em crianças, duas vacinas cubanas, Abdala e Soberana 2, começaram a ser aplicadas na população de 2 a 18 anos naquele país, devido  ao aumento de casos de COVID-19.

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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 29/09/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos

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