Da Redação
Criado em 25/06/20
Fotos: Reprodução / Divulgação
Nada satisfeitos com o anúncio sobre o retorno das aulas para o dia 8 de setembro, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp) e Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar), discutem as medidas apresentadas pelo Governo do Estado de São Paulo.
Segundo o Sieeesp, as escolas particulares são responsáveis por 2,4 milhões de alunos (24% dos estudantes de todo ensino básico do Estado) em 10 mil escolas, cuja maioria atende hoje às famílias das classes C, D, e E e é de pequeno porte.
Para Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieeesp, a escola particular não pode ser culpabilizada e nem ser refém do demorado tempo das redes públicas estaduais e municipais, que ainda não estão preparadas para promover a volta dos seus alunos à sala de aula. Em nota oficial, o Sieeesp diz que o setor está pronto para voltar antes disso e não tem culpa se a rede pública não está.
Em entrevista ao Jornal da Manhã desta quinta-feira, 25 de junho, Benjamin defendeu a antecipação do retorno escolar nos colégios particulares frente ao calendário do ensino público e afirmou que as instituições “não podem ficar a reboque do governo”.
Benjamin Ribeiro admitiu que há resistência de parte das famílias para um retorno antecipado dos alunos, considerando os avanços da pandemia da Covid-19. Entretanto, ele lembrou que há pais desesperados, perdendo os empregos, porque não tem onde deixar os filhos após a retomada das atividades.
Em nota oficial, a Abepar fala que o dialogo é a melhor receita para para a volta segura e gradual às aulas presenciais. Também destaca o fato da regionalização, havia a expectativa de que as autoridades pudessem considerar as realidades específicas de cada região do Estado quanto às taxas de transmissão do novo coronavírus e às demais condições de enfrentamento da Covid-19.
Segundo a nota, ao considerar o Estado de São Paulo como um todo homogêneo, o Plano pode acabar prejudicando estudantes e famílias em regiões onde a pandemia estiver sob controle. Para a Abepar o caminho da regionalização é mais realista diante do cenário da pandemia, considerando, indistintamente, a rede pública e a rede privada.
Outro ponto que a Abepar destaca, diz respeito ao tratamento único para os diferentes ciclos de ensino – da Educação Infantil ao Ensino Superior. Para a associação, a Educação Infantil deve receber especial atenção até por força das implicações sociais que ela tem para as famílias, especialmente para as que têm filhos matriculados na rede pública.
Como voltar ao trabalho se não há escolas e creches abertas para deixar os filhos? Outra consequência social negativa é o risco de fechamento de escolas particulares de Educação Infantil. A rede pública terá condições de absorver essas crianças? São os questionamentos levantados pela Associação.
Um das medidas alternativas que a Abepar propõe ao governo do Estado é abrir espaço para que as escolas, públicas e privadas, possam dar início, ainda em agosto, a trabalhos de acolhimento socioemocional e a atividades avaliativas – desde que, naturalmente, atendam às condições sanitárias e aos protocolos já estabelecidos.
O plano de reabertura das escolas apresentado pelo Governo de São Paulo, prevê um retorno gradual das aulas presenciais. Em uma primeira etapa, programada para o dia 8 de setembro, as unidades de ensino poderão funcionar com 35% da capacidade máxima de alunos.
A confirmação da reabertura está condicionada à permanência de todas as cidades do estado na fase amarela (fase 3) do plano de flexibilização da economia, o chamado Plano São Paulo, por pelo menos 28 dias. De acordo com o governo, todo o estado retomará as aulas presenciais no mesmo dia.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 25/06/20. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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