Comumente, escutamos falar de atividades lúdicas para a psicomotricidade. Na importância de uma educação com regras e outros afazeres que são importantes para o desenvolvimento infantil.
Mas eu quero falar de algo diferente, como neurocientista, falar do cérebro em si. Nesta etapa da vida, a criança está a fazer a plasticidade cerebral de forma intensa, formatando novos engramas de memória e consolidando as informações como projeto de personalidade.
É importante que os pais dediquem parte do tempo para ensinar os filhos. Sei que a vida está cada vez mais atribulada e é fácil deixar um telemóvel ou ligar a tv com desenho para entreter a criança. Mas não é o correto.
Digo isso, pois jogos, desenhos, excesso de telas ligadas, principalmente à noite, aumenta a ansiedade e a secreção de dopamina, neurotransmissor da recompensa, de uma maneira diferente do natural. Podendo prejudicar o desenvolvimento do lobo frontal, região racional, da lógica, no cérebro.
É importante essa interação dos pais com os filhos, com desenho no papel e caneta, leitura de historinhas, diversão com jogos não virtuais, quebra cabeça, desporto.
Uma boa alimentação e também uma educação de conhecimento. A fase infantil é da curiosidade, se atendermos a esta curiosidade, podemos formatar uma personalidade curiosa e ela é essencial para a vontade em adquirir conhecimento. Ter paciência é a alma da boa educação. Explique, ensine, aguce o lado criativo da criança, faça que seja atendida sobre as curiosidades. A fase do porquê é tão boa e sentimos falta depois que passa.
Atender os porquês é trazer à criança a importância de saber sobre as questões da vida e assim, ela vai sempre querer buscar conhecimento e este, por sua vez, é a solução para uma vida melhor. Quanto mais opções de escolhas temos, com base no conhecimento, mais soluções encontramos.