Por Viviane Porto

Criado em 19/02/24

Divulgação: Canva

Dengue no Brasil: Prefeitura de São Paulo amplia vacinação contra dengue para crianças de 10 a 14 anos

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A partir de quinta-feira, dia 11 de abril de 2024, a Prefeitura de São Paulo expandirá a vacinação contra a dengue para crianças de 10 a 14 anos na capital. Após receber um novo lote de 177.679 doses, as vacinas estarão disponíveis em todas as 471 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados nas AMAs/UBSs integradas.

Para receber a vacina, a criança precisa estar acompanhada de um responsável, portando documento de identidade, cartão de vacina e comprovante de residência ou escolar. Também é importante ressaltar que a criança não pode ter sido diagnosticada com dengue nos últimos seis meses.

Lembrando que os principais sintomas de dengue são febre, dores nas articulações e manchas vermelhas no corpo. O tratamento é feito para atenuar os sintomas e alguns remédios não podem ser utilizados, como AAS e anti-inflamatórios.

Outra coisa importante a lembrar é que 80% dos focos do mosquito da dengue estão nas residências, por isso as pessoas precisam ficar atentas à água parada em vasos de plantas, nas vasilhas dos animais de estimação e tapar ralos, caixas d’água e vasos sanitários.

Quais são os sintomas da dengue?

Quais são os sintomas da Dengue?

Foto: Reprodução/Câmara Municipal de Lupércio

A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a zika e a chikungunya, ela causa febre e dores no corpo, sendo uma preocupação séria no Brasil.

É uma doença febril que pode afetar todo o corpo. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, dores de cabeça e nos olhos, cansaço, dores musculares e ósseas, além de falta de apetite, náuseas, tonturas, vômitos e erupções na pele.

Normalmente, a dengue dura de 5 a 7 dias, às vezes até 10 dias, mas a recuperação pode levar algumas semanas.

Na forma mais grave da doença, chamada dengue hemorrágica, os sintomas são semelhantes, mas o quadro pode piorar entre o terceiro e o sétimo dia. Isso inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos no corpo, queda da pressão arterial, letargia, aumento do tamanho do fígado, sangramento de mucosas e aumento progressivo do hematócrito.

É importante notar que a dengue hemorrágica não está relacionada à imunidade baixa e pode afetar pessoas de todas as idades. No entanto, indivíduos com condições médicas pré-existentes, mulheres grávidas, lactentes, crianças menores de 2 anos e idosos têm maior risco de complicações.

Dengue em crianças

Fique atento aos sinais, crianças fazem parte do grupo de risco da dengue! É preciso ter atenção especial com bebês, crianças, adultos e idosos, que necessitam de ajuda para manterem-se hidratados. O alerta é do site do Ministério da Saúde.

Identificar os sintomas, em especial em crianças abaixo de 2 anos, requer cuidado e atenção, já que os pequenos têm mais dificuldade em expressar o que sentem. Além disso, crianças costumam ter quadros de febre e viroses com muita frequência, o que pode confundir os responsáveis e até os profissionais de saúde. O importante é não deixar a dengue passar despercebida.

Quais os sintomas da dengue em crianças?

Um alerta para os casos de dengue em crianças é que as dores, particularmente em crianças pequenas, se manifestam por choro intenso e irritabilidade. Outros sinais, assim como acontece nos adultos, são: febre alta, manchas vermelhas na pele, dores musculares e nas articulações, dor de cabeça ou atrás dos olhos, além de recusa de alimentos e bebidas, o que pode agravar a desidratação.

É exatamente no final do período febril que podem surgir manifestações mais críticas da doença. Por isso, é importante observar o agravamento dos sintomas iniciais, passando para vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, sangramento espontâneo, redução da quantidade de urina, sonolência ou irritação excessivas, extremidades frias.

Um dado importante é que em algumas crianças o início da doença pode ser muito leve e passar despercebido. Assim, quando o quadro grave se instala é como se fossem os primeiros sintomas possíveis de reconhecer.

Se a doença evoluir para a forma grave e não for tratada, as complicações em bebês e crianças podem ser críticas e até levar a morte. Não espere em casa, procure uma unidade de saúde assim que perceber os sinais, mesmo se forem os considerados leves.

De acordo com pesquisadores da Fiocruz, a letalidade entre crianças pequenas, até 5 anos,  é cinco vezes maior do que entre as que têm de 10 a 14 anos. Até o dia 9 de março, foram notificados quase 240 mil casos de dengue entre a população infanto-juvenil; 52 desses pacientes morreram e grande parte das vítimas tem menos de 5 anos.

Medicação

É inseguro permanecer em casa e tentar se automedicar. As primeiras 24 a 48 horas após o aparecimento dos sinais de alerta são críticas para prevenir complicações graves e até mesmo fatalidades. É fundamental buscar assistência médica sem demora.

Vacinas na rede pública

Conforme anunciado pela Ministra da Saúde, Dra. Nísia Trindade Lima, no dia 06 de fevereiro de 2024, a distribuição inicial das vacinas será direcionada às crianças de 10 a 14 anos em municípios selecionados, com a perspectiva de expandir a cobertura para outras faixas etárias posteriormente.

Vacina na rede privada

A vacina contra a dengue está disponível na rede privada, oferecendo proteção abrangente contra os sorotipos 1, 2, 3 e 4 do vírus. O esquema vacinal de duas doses, espaçadas por 3 meses, mantém a eficácia em torno de 62% por até 4 anos e meio. Licenciada para crianças a partir de 4 anos, adolescentes e adultos até 60 anos, é aplicável a indivíduos que nunca foram infectados e àqueles que já tiveram a doença, com recomendação de esperar pelo menos 6 meses após a infecção antes de iniciar a vacinação.

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Repelentes

Gestantes e crianças menores de dois anos de idade podem utilizar todos os repelentes registrados na Anvisa?

Foto: Reprodução/iStock

A Anvisa destaca dois tipos de produtos para repelir o mosquito Aedes, responsável pela transmissão da dengue: repelentes para a pele e produtos para uso no ambiente. Não há produtos de uso oral aprovados para repelir o mosquito. Os repelentes de pele devem estar registrados na Anvisa e podem ser usados em crianças, seguindo as orientações do rótulo.

Para os repelentes de pele, classificados pela Anvisa como cosméticos, as substâncias ativas sintéticas registradas são o N,N-DIETIL-META-TOLUAMIDA ou N,N-DIETIL-3-METILBENZAMIDA (DEET), o Hydroxyethylisobutylpiperidinecarboxylate (Icaridin ou Picaridin) e o Ethylbutylacetylaminopropionate (EBAAP ou IR3535).

Gestantes e crianças menores de dois anos de idade podem utilizar todos os repelentes registrados na Anvisa?

Não há restrições de uso de repelentes para gestantes, desde que sejam seguidas as instruções presentes no rótulo do produto. No entanto, tais produtos não devem ser usados em crianças menores de dois anos. Em crianças entre dois e 12 anos, a concentração dever ser no máximo 10% e a aplicação deve se restringir a três vezes por dia. Concentrações superiores a 10% são permitidas para maiores de 12 anos.

Os produtos devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo.

Produtos para o ambiente

Os repelentes em espirais ou aparelhos elétricos têm restrições de uso em locais com pouca ventilação. Repelentes “naturais” à base de citronela, andiroba, e óleo de cravo não possuem comprovação de eficácia aprovada pela Anvisa.

Como posso verificar se o repelente ou inseticida está autorizado pela Anvisa?

Todos os repelentes e inseticidas devem indicar em sua rotulagem o número de registro na Anvisa ou o processo do produto na Agência. No caso dos cosméticos ou repelentes de pele, o número de registro do produto é geralmente apresentado no rótulo como Reg. MS – X.XXXX.XXXX. O registro de cosméticos começa com o dígito 2 e possui nove dígitos.

Para os repelentes de ambiente e inseticidas, categorizados pela Agência como saneantes, o registro inicia com o dígito 3 e também é composto por nove dígitos.

Qualquer pessoa pode verificar a validade do número de registro através do sistema eletrônico da Anvisa nos seguintes endereços:

fontes: Ministério da Saúde, Anvisa e Fiocruz


Principais dúvidas sobre a dengue

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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 19/02/24. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos

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