A cidade com o maior número de atrações de lazer da América Latina parou. Todos os cinemas, teatros e casas de shows do Estado de SP ficarão fechados por trinta dias, no mínimo, a partir de amanhã (17), cumprindo o decreto do governador João Dória Jr. A medida é essencial para combater a crise de saúde gerada pelo Coronavirus, contudo, vai ter grande impacto na próxima crise que o Brasil vai enfrentar quando a tempestade do Coronavirus passar: a crise econômica.
O setor de entretenimento, lazer e turismo, do qual nós fazemos parte e cobrimos diariamente com tanta alegria, será certamente um dos mais afetados economicamente pela epidemia do Coronavirus, pois depende da presença das pessoas em seus espaços. Nos Estados unidos, a bilheteria caiu ao menor nível em mais de duas décadas, e asmaiores redes de salas cortaram sua capacidade em 50% para evitar aglomerações.
Os primeiros sinais do impacto econômico do Coronavirus no setor no Brasil já começou a aparecer: com salas vazias por conta da epidemia, o Cinemark, a maior rede de cinemas do Brasil, anunciou que vai dispensar funcionários no Rio de Janeiro. A Kinoplex, outra grande rede, optou por férias coletivas. Dependendo da duração da epidemia, o impacto no setor pode ser devastador.
O Rio de Janeiro foi o primeiro Estado a suspender o funcionamento dos cinemas. As redes UCI, Kinoplex e o Espaço Itaú de Cinema suspenderam o funcionamento de suas atividades, por 15 dias, em cumprimento a decisão do Governo do Estado do Rio, alinhados com as políticas de prevenção da propagação do novo Coronavírus (COVID-19).
A rede Kinoplex antecipou as férias coletivas de todos os funcionários do RJ, e rede Cinemark, a maior do país, propôs hoje (16) um Plano de Demissão Voluntária (PDV) ou um Programa de Qualificação Profissional remunerado. As propostas ainda precisam ser aprovadas pelo Ministério do Trabalho, mas os funcionários da rede no Rio de Janeiro terão 24 horas para escolher uma opção.
Em nota, o Cinemark informou que atendeu “às determinações de diversas autoridades” e suspendeu o funcionamento de suas salas tanto no Rio quanto no Distrito Federal e que, diante disso, “iniciou diálogo com seus colaboradores e sindicato para encontrar de forma conjunta as melhores alternativas para a administração da crise sanitária e econômica”.
Fechamento dos cinemas, teatros e casas de shows
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Quando: Já foi
Preços: Gratuito