Da Redação
Criado em 11/03/20
Fotos: Reprodução / Divulgação
Tudo tem limite! E em relação às telas mais ainda. Não dá para negar que os pequenos têm cada vez mais acesso aos aparelhos eletrônicos. O desafio dos pais é saber dosar a exposição das crianças às chamadas telas, seja dos smartphones, dos tablets, dentre outros. Para ajudar os pais e mães nessa tarefa, a Sociedade Brasileira de Pediatria traz uma série de recomendações sobre quais são os cuidados necessários com a saúde das crianças na era digital.
O acesso à internet e aparelhos eletrônicos por crianças e adolescentes requer cada vez mais atenção. Para se ter uma ideia, segundo a pesquisa TIC KIDS ONLINE – Brasil (2018), realizada pelo Cetic.br, em amostra de 2.964 família, 86% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos estão conectados.
Desse número, cerca de 20% dos participantes declarou já ter tido contato com conteúdos sobre alimentação ou sono e 16% já viu algo na internet sobre formas de se machucar a si mesmo. Além disso, alguns entrevistados já tiveram acesso a fontes que falam sobre suicídio (14%) ou relatos com consumo de drogas (11%).
Orientações importantes
De acordo com o Manual de Orientação #MenosTelas #MaisSaúde, lançado pela entidade em 2016, a recomendação do tempo de exposição às telas varia conforme a idade. Para crianças menores de 2 anos, os pais devem evitar que os pequenos tenham contato com as telas dos aparelhos tecnológicos sem necessidade.
Crianças entre 2 a 5 anos só podem ficar na frente das telas por, no máximo, uma hora por dia. De 6 a 10 anos, o tempo é limitado ao máximo de uma a duas horas por dia. Já para os adolescentes de 11 a 18 anos, os pais não devem deixar eles passarem a noite toda jogando videogame e o período ideal na frente do computador ou celular é de duas a 3 horas por dia.
Outras recomendações importantes são: evitar o uso de celulares durante as refeições e desconectar uma ou duas horas antes de dormir. Essa dica é para todas as idades. Também não é permitido que as crianças e adolescentes fiquem isoladas no quarto com televisão, celulares ou com uso de webcam.
Como evitar?
Uma das formas mais eficazes para evitar a exposição excessiva das crianças e adolescentes aos aparelhos é estimular o convívio com a família através de jogos interativos ou práticas esportivas, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza. Os pais também podem criar regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos digitais, além senhas, filtros e regras de segurança.
O manual também orienta os pais e responsáveis a diagnosticarem o tempo o uso inadequado, precoce e prolongado da internet por crianças e adolescentes. Nestes casos, é bom evitar encontros com desconhecidos e saber com quem os filhos mantêm vínculo na internet ou jogam videogame. Além disso, conteúdos inapropriados como violência, pornografia, exploração sexual, nudez e drogas, devem ser denunciados imediatamente.
Consequências
Segundo o manual, as experiências adquiridas por crianças e adolescentes de forma prolongada por meio das telas, se não forem reguladas adequadamente, terão impactos no comportamento do indivíduo até a vida adulta.
Os principais são: dependência digital e uso problemático das mídias, problemas de saúde mental como irritabilidade e ansiedade, transtorno de déficit de atenção, hiperatividade e de sono, transtornos de imagem corporal e auto-estima, além de problema visuais (miopia e síndrome visual do computador).
A saúde física também fica comprometida por conta do sedentarismo, obesidade, ou transtornos alimentares como bulimia e anorexia. Há, ainda, riscos de comportamentos auto-lesivos, bullying, transtornos posturais e problemas auditivos e PAIR (perda auditiva pelo ruído).
Bebês e mídias sociais
Muitos pais e mães buscam uma forma de entreter os pequenos através dos equipamentos tecnológicos. A chamada distração passiva é resultado dos joguinhos e vídeos encontrados facilmente na internet. O manual faz um alerta para quem expõe os bebês esses equipamentos, já que isso é bem diferente de brincar ativamente ou ter contato com a família, que é vital para a criança pequena. Dessa forma, o celular não pode ser utilizado como distração para os pequeninos manusearem como se fosse um brinquedo.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 11/03/20. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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