Campanha “Pezinho no Futuro” cria petição para tentar levar teste do pezinho ampliado à rede pública de saúde

O Teste do Pezinho é uma maneira de identificar doenças que afetam o desenvolvimento neuropsicomotor do bebê e pode salvar a vida da criança. O teste oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é capaz de diagnosticar até seis doenças. No entanto, existe uma versão ampliada do teste, que identifica até 53 doenças nos recém-nascidos. Porém, este exame só está disponível em algumas redes particulares. Para tentar levar o teste avançado até a rede pública, a campanha “Pezinho no Futuro“, do Instituto Vidas Raras, busca apoiadores com o objetivo de tornar o exame acessível para a população, de forma gratuita. 

Para participar da campanha, basta assinar uma petição pelo site. O objetivo é atingir mais de 1 milhão de assinaturas digitais que possam ajudar a buscar apoios institucionais que possuem representatividade perante órgãos tomadores de decisão. Para realizar o cadastro, é necessário ser maior de 18 anos. 

O Teste do Pezinho ampliado já é oferecido de graça em muitos países, mas ainda é pago no Brasil. O exame consegue diagnosticar, precocemente, doenças como a deficiência de acil-CoA, que pode levar à morte caso a criança seja mantida em jejum por algumas horas. Já a versão básica disponível no SUS identifica apenas seis doenças: Hipotireoidismo, Fenilcetonúria, Fibrose Cística, Anemia Falciforme, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência de Biotinidase. 

Para fazer o teste, algumas gotinhas de sangue são retiradas do calcanhar do bebê em seus primeiros dias de vida. O ideal é que o procedimento médico seja feito entre o 2.º e 5.º dia de vida do bebê, quando ele já está recebendo leite. Ou seja, antes da mãe e o bebê terem alta do hospital. Em 2001, foi criado o Programa Nacional de Triagem Neonatal, que garante que o teste do pezinho básico seja oferecido pelo SUS em todo o País.