Da Redação
Criado em 03/08/20
Fotos: Reprodução / Divulgação
Já havíamos falado sobre as confusões que uma doença misteriosa vinha causando, mundialmente, no cenário de pandemia da Covid-19. Além de atingir apenas as crianças, os seus sintomas eram bem parecidos com os quadros da Síndrome do Choque Tóxico ou da Doença de Kawasaki.
No nosso artigo, lincado acima, há mais detalhes. O fato é que a doença já está sendo chamada de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica Temporariamente Associada ao Sars-CoV-2 (PIMS-TS, na sigla em inglês). Além disso, infelizmente os primeiros casos já chegaram ao Brasil.
Fez um mês desde o primeiro caso registrado, o de Alice, de 3 anos de idade, moradora do Rio de Janeiro. Em 2 de julho ela acordou cheia de manchas pelo corpo e com febre alta. Depois surgiriam sintomas mais incomuns como olhos vermelhos, barriga inchada e pés e mãos descamando.
No caso dela, após completada a primeira semana, um exame de sangue revelou uma inflamação generalizada, ocasionando uma internação na UTI.
Quais os riscos da PIMS-TS no Brasil?
Por enquanto, em nosso país os casos confirmados de Covid-19 em crianças e adolescentes chegam, no máximo, a 3,5% do total de registros. Quando se fala na PIMS-TS (ou SMIP como tem sido chamada entre nós), esse número é ainda menor. Além disso, nem todo paciente precisará necessariamente da UTI.
Ainda não há números exatos de casos entre nós. Mas desde maio a Sociedade Brasileira de Pediatria já havia emitido uma nota de alerta sobre a síndrome e seus riscos. Até agora, no mundo todo foram descritos pouco mais de 200 casos. Mesmo assim, a OMS já emitiu alertas sobre esses episódios. Também já foi possível adquirir algumas certezas.
A principal delas é que a síndrome praticamente não ocorre na fase aguda da Covid-19, podendo aparecer depois e ocorrer mesmo em crianças que apresentaram um quadro brando de coronavírus. Em geral, a síndrome aparece de três a quatro semanas após o pico da Covid-19.
Quais os traços principais da doença?
Ainda há muita incerteza nesse cenário. Os especialistas não sabem dizer nem mesmo por que a síndrome só ocorre em crianças, ou por que ela acomete algumas em detrimento de outras. Um estudo do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIH), situado em Maryland, EUA, já foi iniciado e tem acompanhado dezenas de crianças.
O que se sabe é que se trata de uma resposta imunológica exacerbada, isto é, de uma inflamação sistêmica de causa ainda desconhecida. Entre os sintomas mais frequentes é possível perceber:
O maior desafio está nos casos em que ocorre complicações cardíacas, como aneurisma na artéria coronária. Aí sim, se não for tratada adequadamente, a doença pode levar a óbito.
E o caso da pequena Alice, do Rio de Janeiro?
Alice ficou quatro dias internada, e durante esse tempo teve os sinais vitais monitorados a cada 15 minutos. Chegou a ter febre de 40 graus, mas depois o quadro se normalizou, sem chegar a comprometer o coração.
Inclusive, como se trata de uma doença que resulta em manifestações inflamatórias intensas, o tratamento e assistência da UTI inclui medicamentos específicos para controlar riscos dessa natureza.
Ainda assim, após sair de alta ainda foram pedidos exames dos dois meses subsequentes ao tratamento, os quais ainda estão em vigência. Depois dessa etapa, haverá igual acompanhamento uma vez por ano.
No caso de Alice parece ter sido apenas um susto, mas o importante é, sem dúvida, divulgarmos tudo o que se sabe a respeito, a fim de que todos possamos ficar atentos.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 03/08/20. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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