Por Denise Oliveira
Criado em 23/02/23
Foto: Reprodução/Canva
O YouTube foi a plataforma que mais ajudou a espalhar mentiras no WhatsApp em 2022, de acordo com uma análise feita pelo Radar Aos Fatos. A notícia acende um alerda aos pais que deixam as crianças assistirem vídeos na internet.
Segundo a pesquisa, cerca de 1.350 links de vídeos do YouTube foram compartilhados por dia no aplicativo de mensagens, durante todo o ano, em 253 grupos de política.
A instituição analisou os dez vídeos mais compartilhados do YouTube. Juntos, os conteúdo somam mais de 65 milhões de visualizações e foram compartilhados 6.720 vezes no WhatsApp.
Entre 1.º janeiro a 20 de dezembro, 154 mil links da plataforma circularam mais de 483 mil vezes nos grupos monitorados. O Facebook ocupa o segundo lugar, com links encaminhados 137 mil vezes.
Entre os conteúdos mais encaminhados nos grupos de WhatsApp estão as entrevistas concedidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro entre às vésperas e o fim da campanha eleitoral. Apenas dois vídeos não são desse período.
O vídeo mais popular, com 2.031 encaminhamentos, foi de uma edição do programa “Os Pingos Nos Is”, da Jovem Pan. Na entrevista, Bolsonaro mencionou sobre a redução de invasores de terra em seu governo.
Entre 2019 e 2021, foram 39 ocupações, ou seja, 13 por ano. Porém, durante o bate-papo, ele disse ser cinco por ano.
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Outro conteúdo compartilhado nas comunidades do WhatsApp é um trecho do podcast Inteligência Ltda, no qual o ex-presidente fala sobre a chamada ideologia de gênero, que ficou popular nos anos 1990 para criticar discussões relacionadas à sexualidade e gênero.
No entanto, não há nenhuma política pública relacionada a esse tema no Brasil. O vídeo em questão foi encaminhado 793 vezes.
Uma das postagens mais compartilhadas é de setembro de 2020, com uma narração em inglês de uma criança e legendas em português. O vídeo mostra imagens de obras e de políticos, e diz que Bolsonaro acabou com a corrupção no país.
Na lista de vídeos mais compartilhados, há também conteúdos estrangeiros que levantaram suspeitas sobre fraudes na eleições presidenciais.
A plataforma se pronunciou sobre o caso e disse, em nota oficial, que não identificou violações às Diretrizes da Comunidade. Confira a resposta na íntegra!
“O YouTube não permite determinados tipos de conteúdo enganoso, isso inclui certos tipos de desinformação que posem causar danos no mundo real. Com o resultado das eleições presidenciais certificado pelo TSE, atualizamos nossa Política de Integridade Eleitoral, que proíbe conteúdo que promova falsas alegações”, disse a nota oficial.
Desde que foi criando, em 2005, o YouTube é uma plataforma indicada para maiores de 13 anos. No entanto, os pais podem criar um perfil separado para a criança no YouTube Kids, que é dedicado apenas às crianças menores.
Nele, os pequenos podem configurar os conteúdos que os pequenos podem assistir. O aplicativo só disponibiliza conteúdos infantis. Outra forma de monitorar os conteúdos que os filhos assistem na plataforma é utilizar o serviço de experiência supervisionada.
Ou seja, dentro da própria plataforma padrão, os pais configuram que tipo de vídeo os filhos podem assistir. Basta criar uma conta para a criança veiculada ao perfil pessoal. O serviço é destinado ao público entre 9 e 13 anos.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 23/02/23. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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