A Bela e a Fera e mais 5 histórias contadas pela Disney ganham versões teatrais em São Paulo

Nesse fim de semana assisti a uma adaptação de A Bela e a Fera, feita pelo Grupo Gattu, cujo trabalho já conheço há anos. A última montagem infantil do grupo havia sido Cinderela, em 2016, que quebrou tabus com uma protagonista negra.

O espetáculo em cartaz é assinado e dirigido por Eloisa Vitz e, apesar das adaptações, manteve o cerne da história contada pela Disney, com a mensagem de que o belo não é apenas o que é refletido no espelho, e sim o que há na alma das pessoas.

A história

De forma delicada e poética, a autora introduziu inúmeros momentos cômicos à história. Alguns surpreendentemente protagonizados pela própria Fera (Daniel Gonzales), o que parece improvável, mas funcionou muito bem. O espetáculo também conta com cenas marcantes e emocionantes, como quando a Fera deixa Bela (Mariana Fidelis) partir para salvar seu pai (Rodrigo Vicenzo). A trilha sonora não lembra nem de longe a versão da Disney, mas dá o tom de um conto de fadas moderno, que certamente cativará os pequenos.

Referências à animação

Algumas cenas icônicas da animação estão presentes na montagem de Eloisa, como a feiticeira (Laura Vidotto) que transforma o arrogante príncipe e seus criados e os deixa à mercê de uma rosa mágica, a luta contra os lobos e o romântico jantar entre a bela e o monstro. Gaston (Jailton Nunes) também está na peça, mas com um papel ligeiramente diferente do que conhecemos. LeFou foi transformado em Fofo (Lilian Peres), uma inteligente ajudante do vilão, e os objetos vivos Orlógio (Claudinei Nakasone) e Fifi (Miriam Jardim) ajudam a contar a história. O espetáculo tem entrada franca e continua em cartaz até julho, aos sábados e domingos, às 16h.

Marco da Disney

A Bela e a Fera (1991) trouxe conquistas importantes para a Disney. Além do Oscar de melhor trilha sonora e melhor música, por Beauty and the Beast (Sentimentos são, em português), concorreu como Melhor Filme – feito inédito para uma animação até hoje. O longa veio na esteira do sucesso de A Pequena Sereia (1989) e abriu portas para a consagração de Aladdin (1992) e O Rei Leão (1994).

A história é tão amada pelo público que a expectativa pelo live action de 2017 foi alta. O filme tornou-se uma das maiores bilheterias da história em pouco tempo, e arrecadou pouco mais de US$ 1 bilhão ao redor do mundo.

Além de A Bela e a Fera, em cartaz no Teatro do Sol (Rua Damiana da Cunha, 413 – Santana), aos sábados e domingos às 16h, com entrada franca e reservas: 11 3791-2023 – veja outras histórias que já foram contadas pela Disney e estão em cartaz com versões teatrais em São Paulo:

A Pequena Sereia
Esse é carimbado pela Disney! O musical da Broadway foi montado em 2008 e ganhou uma versão brasileira este ano, estrelado por Fabi Bang, Rodrigo Negrini e Tiago Abravanel.

Branca de Neve
Baseada no conto dos Irmãos Grimm, a montagem conta a história da primeira princesa a ganhar vida pelos traços da Disney, com músicas, efeitos 4D e outros recursos que ajudam a plateia a fazer parte do show.

Cinderela
Charles Moeller e Claudio Botelho adaptaram a versão da Broadway de Cinderela – que pouco tem a ver com a versão da Disney, e é cheia de reviravoltas. O musical faz temporada em São Paulo.

Peter Pan, O Musical
Adaptação da Broadway para a história do menino que não queria crescer

Rapunzel
A história é adaptada por Tina Mendes, mas segue a narrativa similar a de Enrolados (2010), com uma princesa aprisionada em uma torre e um ladrão que a salva. Local: Teatro das Artes – Shopping Eldorado. Horários: Sábados e domingos, às 16h (até 15/7). Ingressos: R$ 30 a R$ 60.

Quer saber o que eu achei de A Pequena Sereia, da Broadway? Assista aqui no Canal Orelhas e Tiaras!