Os perigos da automedicação: 8 remédios comuns que podem levar à overdose

Os remédios ajudam sempre quando o problema é a saúde dos pequenos, não é? Seja para passar uma febre, uma dor de estômago ou um resfriado, eles nos salvam de muitas noites em claro.

Mas atenção, pais e responsáveis, não esqueçam que devemos usar esses remédios apenas sob prescrição de um pediatra e ficar SEMPRE de olho na dosagem!

Assim sendo, separamos uma lista com oito remédios comuns que podem causar uma overdose se usados de maneira inconsequente e sem orientação, muitos deles presentes no dia a dia dos pequenos. Confira!

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1- Ácido acetilsalicílico

Muito usado para o alívio de dores de leve ou moderada intensidade em crianças, como dores de cabeça, dente, garganta, também auxilia no combate à febre!

No entanto, a overdose por ácido acetilsalicílico costuma acontecer com idosos, que usam doses maiores do remédio, e crianças pequenas. Apenas oito comprimidos do analgésico aumentam o risco de excesso de acidez no sangue e hipoglicemia, causando choque cardiovascular e insuficiência respiratória, além de distúrbios que podem levar à morte.

2- Paracetamol

É um analgésico indicado contra sintomas leves de gripe, estado febril ou dores moderadas. Ele está presente em muitos remédios, como o Tylenol, muito usado com crianças!

Todavia, o excesso desse medicamento pode ser muito arriscado, especialmente para aqueles com doença hepática. Isso porque, o uso de mais de 3 gramas por dia aumenta o risco de danos graves ao fígado. E como a substância está presente em vários medicamentos, uma overdose involuntária pode ocorrer.

3- Dipirona

Alternativa ao paracetamol, a dipirona é utilizada para alívio da dor, assim como outros analgésicos. Tal remédio pode ser encontrado em farmácias ou drogarias na forma de gotas, comprimido, xarope, sendo muito usado em crianças.

Mas, uma dose alta pode provocar náuseas, vômito, vertigem, arritmia cardíaca, queda brusca de pressão arterial e comprometimento dos rins. Raramente, podem acontecer efeitos colaterais fatais, como diminuição das células sanguíneas e o choque anafilático.

4- Orfenadrina

A orfenadrina é outro analgésico, assim como a dipirona e o paracetamol, indicado para dores causadas por contrações, entorses ou distensões musculares, ou dor de cabeça. Contudo, NÃO É recomendada para o uso pediátrico.

Até porque, quando associada com a dipirona, pode causar boca seca, tremor, alucinações e anormalidade nos batimentos cardíacos. A superdosagem de 2 gramas a 3 gramas da substância, o equivalente ao consumo de mais de 50 comprimidos de uma vez, pode levar ao delírio, coma e até ao óbito.

5- Ibuprofeno

O ibuprofeno é um anti-inflamatório indicado para o alivio da febre e dores de cabeça, musculares, de dentes, enxaquecas ou cólica menstruais.

Os sintomas da superdose incluem náusea, vômito, dor abdominal, letargia e sonolência. Além disso, a substância em excesso pode causar sangramento gastrointestinal grave, úlceras e morte.

6- Cetoprofeno

O cetoprofeno é da mesma família do ibuprofeno. Por vir em doses mais altas, o risco de overdose é maior. A substância pode ser administrada em comprimido, gel, xarope, gotas, supositório ou injeção. Uma dosagem excessiva aumenta o risco de sonolência, tonturas, urticária na pele e inchaço.

7- Dextrometorfano

Encontrado em xaropes para tosse e resfriado, é muito recomendado por pediatras. Porém, o uso indevido de altas doses pode resultar em sintomas psicóticos, incluindo paranoia, delírios e alucinações. Ainda, a associação com o álcool aumenta o risco de overdose, podendo provocar convulsões e coma.

8- Laxantes

Os laxantes estão disponíveis sem receita, mas podem ser abusados por várias razões, inclusive para perda de peso por pessoas que sofrem de distúrbios alimentares.

Laxantes são indicados apenas para pessoas que têm prisão de ventre devido à falta de atividade física, pessoas com hérnias ou hemorroidas, no pós-operatório de cirurgias em que não se pode fazer esforço, e na preparação para exames médicos. A ingestão excessiva aumenta o risco de desequilíbrios eletrolíticos, disfunção do trato gastrointestinal, doença renal e problemas cardiovasculares.

E não esqueça, sempre leia a bula e não aumente a dose do remédio sem antes conversar com um pediatra responsável. A vida dos nossos pequenos valem muito!