Dra Gesika Amorim
Criado em 20/07/20
Por mais que já tenhamos avançado quanto as informações em torno do coronavírus, sabemos que o isolamento acaba trazendo diversos transtornos à vida de todos, mas este momento para os pais de crianças autistas e para as mesmas principalmente, o isolamento tende a ser um pouco mais complicado.
Sabemos que não existe nada fisicamente que diferencie um autista dos demais em relação ao coronavírus. Não há no autismo características relacionadas a menor imunidade, que os torne mais vulneráveis aos danos. Contudo, o problema vem nos aspectos sociais e comportamentais da criança com autismo.
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As características básicas do autismo estão ligadas à comunicação, dificuldade de interação social e alterações comportamentais.
Autistas tem necessidades de rituais e rotinas. Os rituais, bem como as estereotipias, os ajudam a se manterem emocionalmente organizados.
E neste período em que são necessárias mudanças de hábitos devido à pandemia, obviamente há um grande prejuízo em suas atividades diárias. Autistas que tenham em sua rotina diária, terapias, passeios ou atividades que demandam sair de casa, podem estranhar e apresentar problemas com a necessidade de ter que permanecer isolado.
Neste momento é muito importante desenvolver estratégias que visem preencher os horários destas crianças. Conversar com suas terapeutas e fazer uma nova agenda para elas é algo primordial.
Estamos orientando as mães e pais a fazerem algumas terapias de seus filhos online. E mais importante ainda é manter essa rotina como se fosse a semana de trabalho do autista. Então, se na segunda ele tinha musicoterapia, os pais com apoio da família, vaão organizar para ocupar essa tarde o mais próximo possível do que ele já fazia. Se na terça a agenda tinha fono, vamos fazer fono online. Além disso tenho orientado em especial, uma dieta restrita de telas. Todas as telas: telefone, computador, televisão…
Os autistas se acalmam diante das telas, mas elas geram uma dependência muito grande nestas crianças. Quanto mais tempo permanecem em frente às telas menos estes interagem com o mundo ao redor e mais dependentes se tornam destas. Assim, os pais deve ter um contato estreito com o neuropsiquiatra e os múltiplos terapeutas a fim de ajuda-la com estes fatores.
Hábitos de higiene, como o de lavar as mãos, podem também ser motivo de estresse. Também pode ser difícil o ato de não tocar o rosto e as mucosas, pois isto pode por exemplo ser um ritual.
Assim, é importante que os pais expliquem para a criança autista todos os passos do que deve ser feito para lutar contra a pandemia e o que deve acontecer depois. A utilização de imagens pode ser muito positiva. É importante saber que os autistas compreendem o que lhes é comunicado, ainda que eles não respondam ou se comuniquem.
A epidemia do coronavírus tem demandado mudanças profundas nos hábitos das famílias. Para os autistas, a adaptação será trabalhosa e caberá a quem estiver próximo, contribuir ajudando-os a também fazer sua parte nesse esforço coletivo.
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Sobre Dra Gesika Amorim :
Pediatra com ênfase em saúde mental e neurodesenvolvimento infantil. Neuropsiquiatra, pós graduada em psiquiatria, e neurologia clínica.
É também referência no Tratamento de TEA- Transtorno do Espectro Autista com utilização de HDT – Homeopatia Detox – Tratamento Integral do Autismo E Medicina Integrativa .
Sobre Dra Gesika Amorim :
Pediatra com ênfase em saúde mental e neurodesenvolvimento infantil. Neuropsiquiatra, pós graduada em psiquiatria, e neurologia clínica.
É também referência no Tratamento de TEA- Transtorno do Espectro Autista com utilização de HDT – Homeopatia Detox – Tratamento Integral do Autismo E Medicina Integrativa .
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 20/07/20. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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