Por Viviane Porto
Criado em 24/04/23
Créditos: Aquário de São Paulo
O Aquário de São Paulo está em festa com a chegada de duas novas moradoras muito especiais: as filhotes de ariranhas Kyra e Amanã, que nasceram no local. Essa é uma notícia rara e emocionante, pois há 20 anos não ocorria reprodução de ariranhas sob cuidados humanos no Brasil.
A espécie de ariranhas é ameaçada de extinção, o que torna esse acontecimento ainda mais significativo para a conservação dessa espécie. A mãe dessas ariranhas era criada em condições não adequadas, como pet na Amazônia.
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A parceria com o Projeto Ariranhas é uma colaboração importante do Aquário de São Paulo na proteção das ariranhas na natureza.
A gestação de Nimuê, que tem 8 anos, foi tranquila e as filhotes nasceram saudáveis. Durante toda a gestação a equipe técnica do Aquário SP, fazia avaliações diárias do seu estado de saúde, peso, comportamento da fêmea e do macho, além da estruturação do recinto, como a disponibilidade de tocas e substratos para que Nimuê preparasse seu “ninho” para parir e assim sentisse um ambiente seguro.
Nimuê (mãe) tem oito anos, e foi criada em uma casa na Amazônia como pet, mantida presa por uma corda que gerou cicatrizes e sequelas que possui até hoje, resultando na perda de duas mamas (ariranhas possuem dois pares de mamas). Ela foi resgatada pelo Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (LMA – INPA) e encaminhada ao Aquário de São Paulo em abril de 2016, quando ainda era filhote com aproximadamente quatro meses.
Salvador (pai) tem quatro anos e nasceu em um Zoológico na Dinamarca. Ele chegou ao Aquário em outubro de 2021, por recomendação do Programa de Conservação de Espécies Internacional (EEP-giant otter), que fez todo o estudo genético para possibilitar a aproximação dos dois animais.
As ariranhas, espécies ameaçadas de extinção, têm enfrentado diversos desafios para sua sobrevivência. No passado, a caça por sua valiosa pele reduziu drasticamente suas populações. Hoje em dia, as principais ameaças que enfrentam são a destruição do habitat, a poluição das águas e a interação com pescadores, que muitas vezes acabam matando esses animais devido à competição por peixes.
As ariranhas do Aquário de São Paulo ficam em um local fora da área de visitação e integram Programas de Conservação das Espécies, sendo um nacional e dois internacionais, que têm como foco a conservação, mantendo a maior diversidade genética da espécie, além da parceria com o Projeto Ariranhas.
Ariranhas são as maiores lontras do mundo, podendo chegar a 2m de comprimento e 30 kg. Vivem às margens de rios com pouca correnteza principalmente no Pantanal e Bacia Amazônica.
São mamíferos semi-aquáticos e ao contrário da maioria das espécies de lontras que são solitárias, vivem em grupos que podem chegar até 20 animais, geralmente formados por um casal e seus filhotes. Os filhotes mais velhos costumam ajudar nos cuidados dos mais novos.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 24/04/23. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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