A falta de educação financeira da população faz com que atravessemos por um período de altos índices de endividamento e inadimplência. Para mudar essa situação em longo prazo, o foco deve ser implantar programas de educação financeira para as crianças. Isso é possível desde que se comece o quanto antes, com uma mudança de comportamento dentro de casa, evitando gastos excessivos nesse fim de ano.
Os filhos se espelham os atos dos pais, por isso, a primeira ação é a capacitação em educação financeira para poder dar o exemplo. Controlar as despesas, por menores que sejam, é um bom começo para o processo de mudança de hábito. E, assim, as crianças acabam, desde pequenas, seguindo o mesmo caminho, acostumando-se a administrar melhor o dinheiro que passará por suas mãos ao longo da vida. Isso ajudará muito a família a economizar, inclusive nas compras de Natal.
Quem nunca foi ao shopping e acabou gastando bem mais do que o planejado porque levou as crianças junto? A solução para esse problema, entretanto, não é deixá-los em casa, e sim educá-los – e se reeducar – financeiramente. Acredite, elas entendem muito mais do que imaginamos e a consequência é fazer sempre passeios mais agradáveis, sem constrangimentos e aborrecimentos.
Antes de sair de casa, junte toda a família para fazer uma lista dos presentes que pretendem comprar, incluindo o valor que podem gastar com cada um deles. Assim, fica mais difícil se render aos impulsos consumistas e aos apelos publicitários, que, por sinal, costumam ser agressivos nessa época do ano. As condições de pagamento facilitadas também nos fazem consumir mais, por isso, o ideal é comprar à vista e conseguir bons descontos.
Caso as crianças ganhem mesada e queiram comprar alguma lembrancinha para o Natal – o que é uma atitude normal, pois elas se sentem “adultas” quando adquirem algo com o seu próprio dinheiro –, deixe que o faça, mas sempre as ensinando a gastar com consciência e mostrando que o mais importante do Natal não são os presentes, e sim a união e a confraternização.
Não é difícil passar esse período de festas “de bem” com as finanças e começar o ano sem grandes problemas, basta toda a família estar focada no mesmo objetivo e respeitar o padrão de vida.