O conceito tradicional de amamentação está sendo redefinido à medida que casais homoafetivos, mulheres trans e mães que optam pela adoção buscam maneiras de vivenciar esse vínculo especial com seus bebês. Conheça algumas histórias inspiradoras de mulheres que estão amamentando mesmo sem terem engravidado.
Cris Machado, consultora internacional de lactação, explica que o processo envolve uma série de estímulos hormonais que mimetizam a gestação. Geralmente, é iniciado cerca de seis meses antes do nascimento do bebê e envolve o uso de medicamentos hormonais, como pílulas contraceptivas específicas, e galactagogos, que estimulam a produção de prolactina, o hormônio responsável pela produção do leite.
É importante ressaltar que todo o processo deve ser acompanhado por um médico e inclui o uso de uma bomba de lactação.
A sucção do bebê também desempenha um papel fundamental na produção de leite, pois estimula a liberação da prolactina e do hormônio ocitocina, conhecido como “hormônio do amor”. Além disso, a sucção fortalece o vínculo emocional entre mãe e filho durante a amamentação.
Embora a lactação induzida não resulte na produção de colostro, o primeiro leite produzido durante a gestação, especialistas afirmam que ainda é uma opção valiosa. Enquanto o colostro é rico em anticorpos, o leite materno em qualquer fase continua sendo superior às fórmulas infantis em termos de nutrição e benefícios para o bebê.
E mesmo que não existam garantias de sucesso absoluto, os relatos e dados científicos disponíveis até o momento mostram que a indução à lactação tem sido bem-sucedida em diversos casos. É importante lembrar que cada experiência é única e pode exigir complementação com fórmulas infantis.
No entanto, esses avanços estão tornando a amamentação mais inclusiva e possibilitando que diferentes configurações familiares desfrutem desse momento especial de conexão entre mãe e filho.
Embora seja ideal conseguir fazê-lo, é importante lembrar que amamentar não se resume apenas ao leite. É um processo muito mais abrangente, envolvendo um relacionamento íntimo, físico e emocional entre mãe e filho, baseado no amor mútuo. A amamentação fortalece ainda mais esse vínculo especial.
Caso você não consiga produzir todo o leite necessário para o bebê, é possível (e recomendado) complementar a amamentação com um auxílio de lactação, como demonstrado no vídeo, para ajudar o bebê a se alimentar diretamente no seio.