Fotos: Reprodução / Divulgação

Fabiano de Abreu Rodrigues

Criado em 21/06/21

Alunos distraídos e sem memória: como o vício em dopamina pode impactar a educação?

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Um dos grandes problemas que a educação enfrenta hoje está relacionado à falta de atenção dos alunos. Os educadores precisam, além de transmitir o conhecimento, disputar a atenção dos estudantes com os jogos, aplicativos, redes sociais e com todo um complexo de atrativos que, a longo prazo, criam uma dependência emocional nas crianças, além de um bloqueio na memorização.

Tudo isso ocorre com excesso de liberação de um hormônio neurotransmissor chamado dopamina. Geralmente, esse hormônio está associado à recompensa, ou seja, é estimulado e liberado quando conquistamos alguma coisa, quando realizamos uma tarefa ou concluímos algo. 

É preciso entender que, na internet, tudo está disponível facilmente. As respostas estão prontas, as equações solucionadas. Não há dificuldades como antigamente, em que, para achar uma resposta, era preciso horas de pesquisa em livros e enciclopédias. Hoje, em um clique, tudo está lá, a resposta e a recompensa que se busca. 

Além disso, com o uso excessivo da internet e a liberação da dopamina, nosso cérebro fica viciado. E, assim como acontece com um dependente químico, sem a droga, tem-se a abstinência, no caso do cérebro, tem-se a ansiedade, que funciona para suprir essa pendência, que por sua vez, cobra que possamos buscar hábitos que possam suprir essa pendência liberando mais dopamina. 

Neste sentido, cria-se um ciclo vicioso de demanda e produção. Vale ressaltar, porém, que a dopamina é fundamental para nossa sobrevivência. Sem ela, perderíamos nosso ímpeto de fazer novas coisas e acabaríamos por ficar sem motivação e estagnados.

Ainda quando se fala de falta de atenção das crianças nos estudos, deve-se relacioná-la à dificuldade para a memorização. Antes da pandemia, criar um foco atencional dos alunos já não era tarefa fácil. Mesmo com as aulas presenciais, um aparato de distrações roubavam o foco do professor e levavam as mentes dos alunos a outros locais. Hoje, com advento das aulas online, torna-se ainda mais penoso executar tal tarefa. É claro que antes isso já era um problema, vide as questões de ensino a distância, mas atualmente, a carga está ainda mais pesada quando consideramos isolamento social, notícias preocupantes e desoladoras, calamidade pública, etc. Também tem a questão do ambiente. Em casa, nosso cérebro entende ser o ambiente de lazer e nos acomoda, também pelo fato de que todos os ambientes arremetem às memórias de lazer. 

Existem meios para melhorar a situação? Sim.

Para jovens e adultos, evitar o consumo de álcool e outras drogas. Estimular a produção de dopamina através de leituras, meditação, exercícios físicos e outras atividades que demandem esforços compensatórios. Dormir pelo menos 8 horas por noite, incluindo crianças. Estudar e revisar o que aprendeu no dia pelo menos 1 hora além do horário de escola. Evitar uso de celulares, tablets, computadores e televisão antes de dormir. Procurar esvaziar a cabeça antes de dormir e só começar a pensar nos problemas após o café da manhã. 

Práticas viram hábitos, e hábitos viram rotina. Assim como se vicia em dopamina de uma maneira ruim para o cérebro, é possível, com esforço e dedicação, condicioná-lo a coisas boas e eficientes.

Sobre Fabiano de Abreu Rodrigues:

Doutor e mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Neurociências e Psicologia, biólogo, historiador, com especialização em Propriedades Elétricas dos Neurônios (Harvard). É membro da Mensa International, a associação de pessoas mais inteligentes do mundo, da Sociedade Portuguesa e Brasileira de Neurociência e da Federação Europeia de Neurociência. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), considerado o principal cientista nacional para estudos de inteligência e alto QI.

Site: https://www.deabreu.pt/

Instagram: https://www.instagram.com/fabianodeabreuoficial/?hl=pt-br

Sobre Fabiano de Abreu Rodrigues:

Doutor e mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Neurociências e Psicologia, biólogo, historiador, com especialização em Propriedades Elétricas dos Neurônios (Harvard). É membro da Mensa International, a associação de pessoas mais inteligentes do mundo, da Sociedade Portuguesa e Brasileira de Neurociência e da Federação Europeia de Neurociência. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), considerado o principal cientista nacional para estudos de inteligência e alto QI.

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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 21/06/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos

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