A adolescência é uma fase bem delicada, é um período dedicado ao aprofundamento dos projetos de vida, personalidade, interesses, uma fase em que os hormônios começam a borbulhar. Portanto, todo cuidado, precaução e aconselhamento são bem-vindos para evitar uma indesejável gravidez.
O problema é crônico em nosso país e afeta principalmente meninas negras e pobres.
Por isso a prevenção é fundamental, uma vez que 66% das gestações adolescentes não são planejadas.
Foi o que aconteceu com a técnica de enfermagem Danyelle Melo, que engravidou aos 16 anos:
Um dos obstáculos da gravidez na adolescência também é o desenvolvimento do corpo e a capacidade de suportar uma gestação. O corpo físico muda, as emoções mudam.
Além disso, tem os riscos da vulnerabilidade para o desenvolvimento físico da mãe e do bebê. Quando falamos de adolescência, falamos de um período entre os 12 até 19 anos, e dentro dessa faixa de idade, as pessoas têm diversos níveis de desenvolvimento físico, crescimento da estrutura óssea e modificação hormonal.
O envolvimento e compromisso dos pais é essencial para essa fase, bem como o acompanhamento dos adolescentes na Atenção Primária à Saúde. Uma conversa aberta, sem medos e tabus, é a melhor forma para desenvolver conhecimentos e atitudes saudáveis.
Quando se tornam pais, esses adolescentes acabam por pegar um ‘atalho’ para a vida adulta, adiantando responsabilidades e compromissos que poderiam ser vividos num momento mais oportuno.
Mesmo contando com o apoio da família, Daniely ainda viveu as incertezas do futuro.
De acordo com o Unfpa (Fundo de População das Nações Unidas), a cada mil brasileiras, entre 15 e 19 anos, 53 se tornaram mães em 2020, enquanto a média mundial é de 41.
Ao todo, são 1.150 bebês que nascem diariamente de mães adolescentes, de acordo com a Plan International Brasil e o Instituto Planejamento Familiar.