Por Daya Lima
Criado em 07/04/21
Fotos: Reprodução / Divulgação
A Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças (NSPCC, sigla em inglês), uma organização não-governamental de proteção do Reino Unido, lançou uma campanha chamada “Ajude-nos a acabar com a Web do Faroeste”. O intuito é alertar pais e mães sobre o crime de abuso infantil no ambiente online. A iniciativa tem o objetivo de reforçar a aprovação da Lei de Danos Online (Online Harm Bill), a fim de tentar mitigar os 90 casos de abuso infantil que ocorrem por dia no Reino Unido.
Com base em dados de registros policiais, a NSPCC comprovou que 52% dos 9.477 casos de crimes sexuais ou de imagens de abusos sexuais cometidos online contra crianças foram registrados nas três plataformas do Facebook: Facebook Messenger, Instagram e WhatsApp. Os casos foram registrados entre outubro de 2019 e setembro de 2020. Para se ter uma ideia, o estudo constatou 11 abusos online por dia. Os dados foram coletados em 35 unidades policiais, a maior parte na Inglaterra e País de Gales.
Outro dado importante encontrado pela NSPCC é que o Instagram foi a plataforma mais utilizada pelos abusadores e é onde ocorrem mais de um terço dos casos de abuso sexual contra crianças. Já o Facebook Messenger aparece em 13% dos crimes deste tipo.
Por ser a única plataforma do Facebook criptografada de ponta a ponta, o WhatsApp foi responsável por apenas 1 em cada 10 casos de abuso sexual infantil online, o que representa 1,3% do total de denúncias deste tipo no Reino Unido.
A ONG alerta para que a proteção de crianças nas redes sociais deixe de ser uma escolha das empresas de tecnologia e passe a ser uma obrigação estabelecida por lei. Nesse sentido, a NSPCC argumenta que a situação pode piorar, caso o Facebook implante a criptografia no Instagram e Facebook Messenger. Isso porque, apesar da tecnologia garantir a privacidade do usuário, também impede que as empresas verifiquem o conteúdo da mensagem para fazer denúncias.
No Brasil, segundo o Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), em março de 2020, houve aumento de 45% de abusos sexuais contra crianças e adolescentes no Brasil em relação a 2019, quando 11.241 denúncias foram registradas.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 07/04/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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