Da Redação

Criado em 28/01/21

Fotos: Reprodução / Divulgação

Pesquisadores comprovam: segundo filho é o mais arteiro e o tempo que investimos nas crianças faz a diferença

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Se você sempre achou que o seu segundo filho saiu mais levado que o primogênito, agora tem ao seu lado a ciência: uma pesquisa realizada por pesquisadores internacionais com mais de dois milhões de crianças da Dinamarca e dos Estados Unidos concluiu que o segundo filho é mais “arteiro”que o primeiro. Eles pesquisaram como a ordem de nascimento pode afetar os problemas disciplinares das crianças na escola, como isso pode afetar a delinquência juvenil e se isso pode contribuir para o crime adulto.

O estudo “Birth Order and Delinquency: Evidence from Denmark and Florida”, publicado em janeiro de 2017, conclui que a ordem de nascimento tem uma “influência surpreendentemente grande no desempenho educacional”.

A pesquisa diz que é mais provável que o segundo filho do sexo masculino dê mais “trabalho” ou tenha um risco maior de delinquência do que o irmão mais velho, enquanto que a tendência rebelde no sexo feminino não é tão marcante.

“Apesar das grandes diferenças nos ambientes entre as duas áreas geográficas, encontramos resultados notavelmente consistentes: em famílias com dois ou mais filhos, os segundos filhos têm cerca de 20% a 40% mais probabilidade de serem indisciplinados na escola e entrar no sistema de justiça criminal em comparação com os meninos primogênitos, mesmo quando comparamos irmãos”, aponta a pesquisa.

Um dos motivos para essa diferença, segundo os pesquisadores, é o tempo que os pais passam com o primeiro e segundo filho, que nem sempre é igual em termos de quantidade e/ou qualidade, e pode ser por isso que os comportamentos rebeldes surgem. “Consideramos as diferenças na atenção dos pais como um fator potencial de contribuição para as lacunas na delinquência”, afirmam os autores do estudo.

Os pesquisadores explicam que diferenças na saúde ao nascer e na qualidade das escolas escolhidas para as crianças têm menos impacto do que o investimento de tempo dos pais medido pelo tempo fora da força de trabalho. “Esse tempo de dedicação exclusiva é maior para os primogênitos nas idades de 2 a 4 anos, sugerindo que a chegada de um segundo filho estende os investimentos dos pais na primeira infância para os primogênitos”.

Sabemos que nem todo mundo tem a opção de passar mais tempo com o segundo, terceiro, quarto filho, seja por questões financeiras, de trabalho, físicas, emocionais, etc. Por isso o estudo acende um alerta para pais e mães: que o tempo que dedicamos aos nossos filhos faz toda a diferença em seu desenvolvimento.

Esse estudo foi realizado pela pesquisadora Sanni Breining, da Universidade de Aarhus, segunda maior universidade da Dinamarca, junto com o pesquisador e economista Joseph J. Doyle, do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e do National Bureau of Economic Research (NBER), pelo pesquisador Jeffrey Roth, da Divisão de Neonatologia e Pediatria e pelos pesquisadores da David N. Figlio e Krzysztof Karbownik, da Northwestern University, que fica no estado de Illinois,  nos EUA, uma das mais prestigiosas e importantes do mundo.

Você pode conferir na íntegra, em inglês, neste link.

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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 28/01/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos

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