Depois do caso de intoxicação da menina Valentina, de 13 anos, por bórax, ou borato de sódio, um dos ingredientes usados na fabricação do slime caseiro, um exame foi desenvolvido pelo Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O médico Anthony Wong, disse à revista Crescer, que até então não havia um exame que identificasse a presença da substância no organismo. Valentina foi a primeira a fazer o exame que custa R$ 70.
Para Wong, o caso de Valentina serviu de alerta. A menina ficou 24 dias com sintomas fortíssimos, dor de barriga, náuseas, vômitos, diarréia e lesões na pele. Precisou ficar hospitalizada por 15 dias, perdeu peso e ficou com dificuldades para se alimentar. O exame é feito com uma amostra de urina.
A exposição frequente ao bórax provoca acúmulo da substância nos ossos e músculos e o processo de eliminação é muito lento. Wong disse que a intoxicação pode levar quadros de anemia, dores de cabeça, dores musculares e até alterações neurológicas.