Um clássico de Ziraldo para os pequenos: espetáculo Flicts reestreia no Teatro Municipal da Mooca

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No meio das outras cores, Flicts é discriminado porque ninguém sabe que cor é essa. Por isso, representa o excluído, o solitário, o diferente. Mas como todos tem o seu lugar no mundo, ele também irá encontrar o seu. O espetáculo Flicts, uma adaptação da obra de Ziraldo, reestreia no Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo, com apresentações de 9 de junho a 1 de julho, aos sábados e domingos, às 16h (exceto em 17 de junho), e ainda em sessões extras nos dias 14 e 28 de junho, às 10h e 15h. Os valores dos ingressos são R$16 (inteira), R$8 (meia) e crianças menores de dois anos não pagam. A classificação etária é livre, mas crianças a partir de quatro anos vão aproveitar melhor esse passeio!

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Em uma época em que preconceitos de todos os gêneros estão cada vez mais gritantes, Flicts ensina para a criançada a importância de respeitar e aceitar o outro como ele é.  A partir do primeiro livro infantil escrito pelo cartunista Ziraldo, a montagem narra o drama de uma cor chamada Flicts, que não está presente no arco-íris, nas bandeiras e nem em nada deste mundo. Por esse motivo, o personagem é excluído e mal recebido onde quer que vá e parte em uma jornada mundo afora para descobrir o seu lugar.

A ideia da encenação é mostrar para os pequenos que o bullying e toda forma de discriminação devem ser tratados como algo nocivo e desrespeitoso, além de reforçar a noção de que cada um tem sua individualidade e subjetividade. Outro tema é a relativização do belo, a noção de que a beleza não tem um padrão pré-determinado e cada um deve desenvolver seu pensamento crítico sobre o que é bonito ou não.

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Escrita em 1969, ano em que o homem pisou pela primeira vez na Lua, a obra de Ziraldo foi dada como presente da embaixada brasileira nos Estados Unidos ao astronauta Neil Armstrong, que, em resposta ao autor, disse: “A Lua é Flicts”. A temática do livro que encantou o viajante espacial continua atual quase 50 anos depois de seu lançamento, por isso o grupo resolveu encená-lo. Como a história se passa nos anos de 1960, a montagem tem uma trilha sonora original, inspirada na sonoridade da banda inglesa The Beatles. Já os figurinos são inspirados nas cores e formas geométricas presentes nas obras do pintor holandês Piet Mondrian. A produção é da Tríplice Cultural.