Por Priscilla Negrão
Criado em 16/10/24
Fotos: Reprodução / Divulgação
O ursinho Pooh é um dos personagens mais queridos da literatura e da cultura pop. Desde a sua criação há quase 100 anos, Pooh e seus amigos do Bosque dos Cem Acres têm encantado crianças e adultos em todo o mundo. Agora, com a estreia do musical oficial da Disney em outubro de 2024, o público brasileiro terá a oportunidade de ver essa história mágica ganhar vida no palco.
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Mas antes disso, vamos explorar 15 fatos curiosos e surpreendentes sobre o ursinho Pooh que muitos desconhecem!
O nome “Winnie” foi inspirado em uma ursa preta real que vivia no zoológico de Londres. O escritor A.A. Milne deu a seu filho um ursinho de pelúcia em seu primeiro aniversário, comprado na loja de departamentos Harrods. Originalmente chamado de Edward, o ursinho foi rebatizado para Winnie depois que Milne levou seu filho Christopher Robin Milne para visitar o zoológico de Londres, onde o urso preto Winnie vivia. O urso recebeu o nome Winnie em homenagem à cidade canadense Winnipeg, após ter sido doado por um soldado canadense durante a Primeira Guerra Mundial. No Brasil, o nome “Winnie” foi substituído por “ursinho”. Christopher Robin visitava frequentemente o urso no zoológico e, às vezes, tinha permissão para alimentá-lo. Além disso, a história foi popularizada pelo livro “Finding Winnie”, de Lindsay Mattick, que conta a história verdadeira do ursinho que inspirou Winnie-the-Pooh.
Embora A.A. Milne tenha baseado as histórias de Winnie-the-Pooh em seu filho, Christopher Robin, a relação entre os dois foi marcada por distanciamento e ressentimento. Christopher foi enviado para um internato aos dez anos, onde sofreu bullying por ser a inspiração dos livros. Ele se sentia explorado pela fama do personagem e, ao crescer, distanciou-se dos pais, culpando o pai por transformar sua infância em propriedade pública. A estranheza entre eles se intensificou com o tempo, e Christopher se tornou ainda mais amargo ao ver os brinquedos que inspiraram Pooh e seus amigos serem doados pelo pai sem sua permissão. Christopher inclusive vendeu seus direitos de royalties para financiar o tratamento de sua filha, que sofria de uma deficiência severa.
Alan Alexander Milne era mais do que apenas o criador de Winnie-the-Pooh. Nascido em 1882, ele estudou em Cambridge, onde editou a revista literária Granta, e escreveu para a renomada revista de humor Punch, onde se tornou editor-assistente. Ele também foi dramaturgo e escreveu vários poemas, alguns dos quais apresentam o nome de seu filho, Christopher Robin. A fama gerada por Winnie-the-Pooh trouxe-lhe amargura. Ele desejava ser reconhecido por seus comentários políticos e peças, mas viu sua obra infantil ofuscar todo o resto. Milne também enfrentou dificuldades no casamento, com ambos os cônjuges envolvidos em casos extraconjugais. Ele morreu em 1956, já afastado de seu filho Christopher Robin, que nunca perdoou o pai por transformar sua infância em algo público.
As ilustrações de E.H. Shepard são uma parte fundamental do sucesso das histórias de Pooh. Shepard desenhou Pooh e seus amigos a partir dos brinquedos de pelúcia de Christopher Robin e do próprio filho, Graham, criando imagens que complementam perfeitamente o texto de Milne. A primeira ilustração de Pooh foi desenhada por Shepard em 1924, no livro de poesia “When We Were Very Young”. Não foi até 1925 que o personagem ganhou o nome de Winnie-the-Pooh, aparecendo em uma história publicada no London Evening News na véspera de Natal. A combinação das ilustrações e das histórias ajudou a tornar as obras icônicas.
Além de Winnie, o nome “Pooh” foi inspirado em um cisne que a família Milne conheceu durante as férias. A junção desses dois animais deu origem ao icônico nome “Winnie-the-Pooh”.
O Ursinho Pooh foi criado em 1924. A primeira história completa de Pooh foi publicada em 14 de outubro de 1926, no livro intitulado “Ursinho Pooh”, seguido por “The House at Pooh Corner” em 1928. O lançamento desses livros foi um enorme sucesso, com 35.000 cópias vendidas no Reino Unido e 150.000 nos Estados Unidos. Essas obras consolidaram Pooh como um dos personagens mais queridos da literatura infantil.
Apesar de ser adorado em boa parte do mundo, Winnie-the-Pooh foi banido na China. O motivo? Comparações feitas entre o personagem e o presidente chinês Xi Jinping. A situação começou em 2013, quando surgiram memes na internet comparando a aparência física de Pooh com a do líder chinês. Como resultado, as autoridades chinesas censuraram o uso da imagem do personagem em todo o país. O filme “Christopher Robin”, lançado em 2018, também foi proibido nos cinemas chineses.
O filme Adeus, Christopher Robin (2017) oferece uma visão dos bastidores da criação do ursinho pooh e o impacto que isso teve na vida de A.A. Milne e seu filho Christopher. O longa destaca como a fama repentina trouxe desafios para a família Milne.
Em 2022, os direitos do Ursinho Pooh entraram em domínio público, permitindo que qualquer pessoa criasse novas histórias usando o personagem original de A.A. Milne, mas sem os elementos característicos da Disney, como o visual clássico do personagem. Uma das primeiras e mais controversas criações que surgiu dessa liberdade foi o filme de terror “Winnie-the-Pooh: Blood and Honey”, dirigido por Rhys Frake-Waterfield. Este ano foi divulgado o segundo filme da série, agora com Leitão como um assassino no longa Piglet, que ganhou seu primeiro trailer. Nenhum deles é recomendado para menores de 18 anos.
Pesquisadores da Universidade de Ave, no Canadá, analisaram os comportamentos dos personagens de Winnie-the-Pooh e sugeriram que cada um poderia estar associado a um transtorno mental. Pooh, por exemplo, demonstraria compulsão alimentar e déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), devido à sua distração constante e foco exagerado em comida. Leitão apresentaria sintomas de transtorno de ansiedade generalizada, sempre temeroso e ansioso, enquanto Ió seria um exemplo clássico de depressão, refletida em sua visão pessimista e falta de entusiasmo. Outros personagens também foram analisados, como Tigrão, que demonstraria comportamentos típicos de hiperatividade.
As pelúcias originais de Christopher Robin, que inspiraram os personagens Pooh, Tigrão, Leitão e Ió, estão expostas na Biblioteca Pública de Nova York desde 1987, onde os visitantes podem vê-las de perto. Veja aqui as fotos da exposição online.
O Bosque dos Cem Acres, onde Pooh e seus amigos vivem suas aventuras, foi inspirado na Floresta de Ashdown, localizada no sul da Inglaterra, perto da casa da família Milne. Fãs podem visitar essa bela floresta, que oferece trilhas encantadoras e paisagens que evocam o espírito das histórias de Pooh. A Floresta de Ashdown tornou-se um destino turístico para os amantes da obra de A.A. Milne.
Fãs do Ursinho Pooh agora podem realizar um sonho: se hospedar em uma réplica da casa de Pooh. A casa foi criada pelo ilustrador dos livros e está disponível no Airbnb, em uma experiência que transporta os visitantes para o mundo mágico do Bosque dos Cem Acres.
A camiseta vermelha do Ursinho Pooh foi introduzida pela Disney, após adquirir os direitos do personagem em 1961. Antes disso, Pooh não usava roupas nas ilustrações originais de E.H. Shepard. A primeira versão colorida de Pooh, vestindo a famosa camiseta, foi vista em 1932, quando o agente licenciador Stephen Slesinger adquiriu os direitos para os Estados Unidos e Canadá.
Em outubro de 2024, o musical do ursinho Pooh chega ao Teatro VillaLobos, em São Paulo. Essa produção é uma oportunidade única para fãs de todas as idades mergulharem novamente na magia do Bosque dos Cem Acres.
Com marionetes em tamanho real e uma trilha sonora premiada, o espetáculo mantém a essência das histórias clássicas de A.A. Milne, encantando uma nova geração.
Após passar por palcos de Nova York, Holanda, Reino Unido e Japão, o musical finalmente estreia no Brasil, trazendo emoções e nostalgia para o público. Se você cresceu com Pooh, Leitão, Tigrão e seus amigos, não perca a chance de reviver essa magia no palco.
Dica: corre pra garantir seus ingressos pra ver o musical “Ursinho Pooh” que está lindo demais e a temporada é curta! Saiba tudo sobre o musical nesta reportagem!
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 16/10/24. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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