Uma rede espontânea de ciclistas, estão convocando pessoas de todo o Brasil para se unirem em caminhadas de bicicleta simultâneas em suas cidades na próxima sexta-feira, 12 de janeiro de 2024. A iniciativa visa homenagear Julieta Hernandez, conhecida como Miss Jujuba, e mobilizar as ruas do país em solidariedade a ela, além de lutar para que políticas públicas e leis sejam criadas, para que casos como o da Julieta parem de se repetir.
O feminicídio, a violência, a misoginia e o extermínio afetam as mulheres diariamente. E as razões são complexas, inclui a desigualdade de gênero, cultura machista, impunidade, desigualdades econômicas, normalização da violência, falta de educação sobre igualdade e falta de recursos e apoio. O ponto de partida para lidar com esses problemas passa por mudanças culturais, reforço nas redes de apoio às vítimas e principalmente a criação de leis eficazes.
Atualmente há um projeto de lei que criminaliza a misoginia, o Projeto de Lei 872/23, que foi apresentado em março de 2023 pela deputada Dandara (PT-MG), e está em tramitação na Câmara dos Deputados.
Julieta Presente
Julieta, uma palhaça, bonequeira e cicloviajante venezuelana, percorria as regiões mais distantes levando alegria com suas performances. Lugares muitas vezes de difícil acesso, de pobreza extrema, onde a alegria de Julieta faziam a diferença.
Todo valor arrecadado, será revertido para a família de Julieta. Pix: [email protected]
Atualização: A cicloturista Julieta Ines Hernandez Martinez foi brutalmente atacada por um casal em Presidente Figueiredo, AM. Após seu desaparecimento em dezembro de 2023, o caso levou à prisão de Thiago Agles da Silva, 32 anos, e Deliomara dos Anjos Santos, 29 anos, por homicídio e ocultação de cadáver. No dia 07 de janeiro de 2024, o juiz Dr. Laossy Amorim Marquezini, em uma audiência de custódia decidiu manter o casal preso.
fonte: portal do urubui
Atualização: Triste notícia! Segundo informações de amigos na rede social do Circo di SóLadies |Nem SóLadies, Jujuba como era chamada carinhosamente foi vítima de um crime brutal. Informaram também que até o momento não há detalhes do ocorrido, mas que atualizarão em breve.
Nós do São Paulo para Crianças, lamentamos profundamente esse trágico desfecho e expressamos nossa solidariedade a toda a família e amigos neste momento difícil.
A vaquinha online continua para os trâmites burocráticos.
#JulietaPresente #parasempreJujuba
Julieta Hernandez, uma palhaça, bonequeira e cicloviajante venezuelana, embarcou em uma jornada de volta para casa, da mesma forma que chegou no Brasil em 2015, pedalando por diversas cidades brasileiras. Contudo, ela não chegou ao ponto de apoio em Rorainópolis/RR como planejado.
A aventura de Julieta Hernandez, embora marcada por momentos de alegria e interação nas redes sociais, agora gera preocupações entre aqueles que acompanhavam sua jornada. O relato do segurança adiciona um novo capítulo à busca, informando que uma ciclista venezuelana esteve em uma das cachoeiras do Parque Corredeiras Do Urubuí, em Presidente Figueiredo/AM, à 107 km de Manaus, e a data não foi informada.
O último contato com amigos pessoais foi no dia 22 de dezembro de 2023.
O Circo di SóLadies |Nem SóLadies, compartilhou em suas redes sociais um pedido de ajuda para que seja possível encontrá-la o quanto antes. Os contatos são com Mone ou Ana, nos números abaixo: (31) 9847-62005 e (31) 9841-72996.
Amigos e familiares decidiram ir de Recife para Manaus para procurar pessoalmente pela artista. E estão realizando uma “vaquinha online”, para arcarem com os custos da viagem.
foto de 2016
Julieta Hernández tinha 38 anos, era venezuelana, palhaça, cicloviajante e bonequeira. Em sua terra natal, formou-se em veterinária, fez estudos na área do teatro e veio ao Brasil para estudar o Teatro do Oprimido. Aqui, seguiu firme em suas pesquisas e experimentações artísticas, vivenciando cada vez mais a palhaçaria. Vivia no Brasil desde 2015 e em 2019 começou a viajar de bicicleta, se apresentando como palhaça Miss Jujuba por cidades de mais de 09 estados brasileiros, percorrendo a região Norte e nordeste do país, num caminho que a levava de volta a seu país de origem. Nestas andanças, com seu Cuatro Venezuelano e muitos sonhos na bagagem, esteve em diversas pequenas comunidades pelos interiores do Brasil, participou de encontros e festivais autogestionados e compartilhava seus saberes de maneira voluntária por onde passava. Mesmo em projeto solo, participou de iniciativas coletivas como. Red de Payasas Venezolanas e os Palhaços Sem Fronteiras, no Brasil. Foi, e sempre será, considerada uma das maiores referências de artista nômade e migrante da América Latina.
Fonte: Coletivo Julieta Presente
O Circo di SóLadies |Nem SóLadies foi idealizado por Lilyan Teles e Tatá Oliveira e surgiu em 2013, a partir das inquietações em relação à desigualdade de gênero e a busca pelo espaço da mulher na comicidade. Hoje, o grupo é formado por Kelly Lima, Tatá Oliveira e Veronica Mello – palhaças, atrizes, musicistas e pesquisadoras. As artistas desenvolvem as apresentações a partir do improviso e do jogo cênico.