Por Viviane Porto
Criado em 28/11/23
Fotos: Reprodução / Divulgação
Você já notou quantas horas por dia os seus filhos ficam no celular e você sabe o impacto que esse uso de telas têm no desenvolvimento das crianças?
O Governo Federal quer conversar com mães, pais, familiares, responsáveis e educadores do Brasil sobre isso.
Nosso país enfrenta um desafio crescente relacionado ao uso intensivo de telas entre crianças e adolescentes, e para isso, a Secretaria de Políticas Digitais lançou uma consulta pública e gostaria de saber o que você pensa sobre o assunto.
A intenção é criar um guia que possa nortear a gestão dos pais sobre o uso de celulares e tablets de suas crianças.
Já foram ouvidas mais de 521 pessoas e a sua opinião será muito bem vinda. Saiba a seguir o que fazer e como participar desta iniciativa.
O Brasil é um dos líderes mundiais no tempo de uso de telas, com uma média de 09 horas diárias de atividades online, incluindo smartphones, tablets e outros dispositivos eletrônicos.
Especificamente o celular é o dispositivo mais utilizado, a TIC Kids Online, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, apontou que em 2022 92% da população entre 09 e 17 anos acessava diariamente a Internet.
Diante dessa realidade, o Governo Federal, por meio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, lançou uma consulta pública para ouvir a população sobre os riscos, benefícios e desafios associados ao uso de dispositivos digitais por essa faixa etária.
A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Políticas Digitais, está ativa desde 10 de outubro de 2023 e permanecerá aberta até 7 de janeiro de 2024.
Até o momento, foram recebidas 521 contribuições que ajudarão a embasar a criação de um guia orientativo.
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Organizações como a Sociedade Brasileira de Pediatria já estabeleceram recomendações para o uso de telas.
Essas sugestões orientam evitar exposição de crianças abaixo de 02 anos à celulares e tablets e limitar o tempo de tela para crianças de 02 a 05 anos a 1 hora por dia com supervisão.
Para crianças de 06 a 10 anos, é recomendado 01 a 02 horas por dia com monitoramento, e para adolescentes de 11 a 18 anos, 02 a 03 horas por dia, sem pernoite jogando.
A Sociedade Brasileira de Pediatria indica também evitar o uso de dispositivos eletrônicos nos quartos e dar preferência para o uso em áreas comuns.
E para todas as idades, proibir telas durante as refeições e desconectar de 01 a 02 horas antes de dormir.
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Estudos recentes indicam uma série de preocupações relacionadas ao uso intensivo de telas por crianças e adolescentes.
Essa geração é a primeira que não conhece um mundo sem telas, por isso ainda não sabemos quais serão todos os impactos dessa prática no futuro deles. Contudo, algumas adversidades já vem sendo notadas por pais, mães e profissionais da saúde.
Problemas como ansiedade e depressão têm atingido principalmente as meninas, além disso distúrbios de atenção, atrasos no desenvolvimento cognitivo, miopia e problemas de sono têm sido associados a esse uso excessivo do celular.
E mais pesquisas vêm sendo feitas sobre esse impacto. Um estudo recente realizado no estado do Ceará com cerca de 6.447 crianças, mostrou que as crianças expostas a telas por mais de duas horas tiveram menos chance de alcançar seus marcos do desenvolvimento.
A exposição precoce a telas parece ser especialmente prejudicial, com evidências sugerindo uma janela de desenvolvimento específica em que o uso de redes sociais pode impactar negativamente o bem-estar mental.
E infelizmente isso é alimentado por plataformas digitais, que com seu design baseado na economia da atenção, visam maximizar o engajamento podendo agravar riscos de dependência e até mesmo abuso.
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Para reverter esse quadro, o Governo Federal, em parceria com representantes da academia e da sociedade civil, apresenta uma série de perguntas para consulta pública.
A intenção é buscar orientações específicas para a elaboração do Guia para uso consciente de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes.
Este guia não terá caráter obrigatório, mas sim auxiliar no melhor desenvolvimento possível da saúde mental, emocional e física dos nossos pequenos.
A consulta é aberta a todos os interessados, desde especialistas até pais, mães, familiares, responsáveis e profissionais da educação, saúde e assistência. Para contribuir, CLIQUE AQUI!
Fonte: Governo Federal – Participa mais Brasil e Sociedade Brasileira de Pediatria
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 28/11/23. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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